Aposentado, aos 21 anos, morreu no Haras Itapuã, local de seu nascimento e em virtude de acidente, “Poconé Itapuã”.

Poconé, sempre sob a sela de seu cavaleiro Eduardo de Souza, foi um dos mais renomados produtos BH da década, vencedor em todas as séries que competiu. "Ele está entre os 20 animais mais pontuados na Federação Paulista de Hipismo, foi líder do ranking da CBH dois anos consecutivos, um cavalo de apenas 1,63m de altura que dentro da pista se agigantava", lembra Luiz Rocco, proprietário de Poconé em parceria com o Haras Itapuã, de propriedade de Enio Monte, pioneiro na criação nacional.

Eduardo de Souza com Poconé Itapuã em clique espetacular no Concurso de Saltos Nacional Agromen; foto: cedida
 

Vencedor de vários GPs e Derbys do Circuito nacional e internacional, tinha um grande coração, como pode ser comprovado no CSI-W Rio de Janeiro, quando sagrou-se vice-campeão na prova internacional seletiva para a Final da Copa do Mundo. Na sexta-feira  e no domingo ao sair da pista do Grande Prêmio com apenas quatro pontos perdidos numa performance novamente excepcional constatou-se uma fissura grave no casco que o afastou das provas por seis meses, os mesmos seis meses que vieram a afastá-lo novamente das pistas após uma cirurgia de cólica.

 
Poconé Itapuã fez história no Hipismo Brasileiro
 

Em seu retorno as pistas em 2004, ele proporcionou ao cavaleiro, proprietário e criador as maiores conquistas de suas carreira, incluindo-se aí as vitórias dos Derbys da Sociedade Hípica Paulista e Clube Hípico de Santo Amaro, além da conquista do Campeonato Brasileiro de Sênior.

Cavalo reconhecido no país todo, conquistou a simpatia de todos os aficionados do esporte, mesmo aqueles que não tiveram a oportunidade de vê-lo saltar. Poconé era filho de Lorado na égua Karim que recém foi condecorada com "reprodutora premium" pela Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo de Hipismo.

Adeus e que Deus ilumine suas novas cavalgadas.