superior hipismo 2

QUIZ CBH

ID CBH 4

Agora são nada menos que seis medalhas em Jogos Pan-americanos: ouro em Buenos Aires 1995 (ainda como cavaleiro reserva), ouro em Winnipeg 1999, bronze em Santo Domingo 2003, ouro no Rio 2007, prata em Guadalajara 2011, todas por equipes, e a primeira medalha individual: o bronze, em 29/10, às vésperas do encerramento da 16ª edição dos Jogos Pan-americanos no México.

Bernardo Alves com sua Bridgit, de propriedade do Haras Joter, considerada pelo cavaleiro "o melhor cavalo que já montei"; foto: arquivo pessoal

 

Natural de Belo Horizonte (MG), Bernardo Cardoso Resende Alves, um dos mais premiados cavaleiros brasileiros de todos os tempos, completa 37 anos em 20 de novembro próximo. Radicado na Europa há 10 anos, o cavaleiro vem integrando a equipe brasileira de Salto nas principais competições internacionais desde 1995. Em 2010, ao lado de Rodrigo Pessoa, Pedro Veniss, Alvaro Miranda, o Doda, Bernardo formou o time 4º colocado nos Jogos Equestres Mundiais em Kentucky carimbando o passaporte brasileiro rumo aos Jogos Olímpicos 2012.

No Pan de Guadalajara, o cavaleiro honrou as cores do Brasil com a prata por equipes ao lado de Rodrigo Pessoa, também treinador, Alvaro Miranda e Karina Johannpeter e, de quebra, levantou o bronze individual com apenas 2,09 pontos perdidos na primeira parcial, ou seja, sem uma única falta ao longo da competição.


Jean Maurice Bonneau, consultor técnico e chefe de equipe no Pan 2011, com os medalhistas de prata Alvaro Miranda, Karina Johannpeter, Rodrigo Pessoa e Bernardo Alves; foto arquivo pessoal/ N. Miranda


Agora como não poderia deixar de ser: a meta é chegar em forma aos Jogos Olímpicos de 2012 com sua montaria Bridgit, uma sela belga filha de Kannan de 10 anos, de propriedade do empresário Jorge Gerdau Johannpeter, titular do Haras Joter, patrocionador e grande incentivador do atleta. "A Bridgit é, com certeza, o melhor cavalo que já montei.  Este ano ela teve uma lesão no tendão e depois da recuperação no início do ano eu tinha três meses para colocá-la em forma. Com o apoio dado pela comissão técnica da CBH eu pude fazer um retorno sem forçá-la demais e atingir o ápice da forma no Pan-americano", conta Bernardo.

Bernardo com sua fantástica Bridgit na área do paddock e Guadalajara; foto: CBH/cedida



Luiz Roberto Giugni, presidente da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), também destacou o desempenho do cavaleiro e todo time brasileiro. "Parabenizo toda a equipe, inclusive, nosso tratadores, veterinário, o chefe de equipe Jean Maurice Bonneau pelo excelente resultado e, principalmente, pelo espírito de equipe, garra e determinação", enfatiza Giugni. "Eu  também gostaria de ressaltar o profissionalismo e a dedicação do Bernardo no trabalho de recuperação da Bridgit que foi seguido a risca e o resultado foi sensacional. Parabéns!", acrescenta o dirigente.

 

Luiz Rocco, secretário geral da CBH, Bernardo Alves, Rodrigo Pessoa, também treinador do time Brasil de Salto, Doda Miranda, Luiz Roberto Giugni, presidente da CBH, e o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, titular o Haras Joter; foto: CBH/cedida

 


Confira a seguir a entrevista com Bernardo concedida à CBH em 31/10.

O que você achou da estrutura no Guadalajara Country Club, sede do hipismo no Pan 2011?

Bernardo Alves. Foi uma surpresa porque eu não esperava que seria tão bem organizado. Quase tudo estava muito bom, só não gostei do piso da pista que estava muito duro tanto que tivemos dois cavalos lesionados durante o concurso.

Cada competição e prova é um novo desafio e, sem dúvida, a sua marca é competitividade e frieza. Você ainda sente um pouco de ansiedade antes de uma prova?

É normal ficar um pouco ansioso no início das provas. Mas na pista a gente tem que esquecer tudo e focar somente nas dificuldades de cada percurso.

Você está acostumado às vitórias tanto que já são seis medalhas em Jogos Pan-americanos. Para você o que significou a conquista da prata por equipes e, em especial, o bronze individual em Guadalajara?

Este foi o Pan-americano mais difícil de todos porque os EUA estavam, pela primeira vez, com uma equipe titular devido a necessidade de qualificação para os Jogos Olímpicos. Então eu fiquei muito contente com a prata por equipe. Mas o resultado no individual foi espetacular porque 2011 vinha sendo um ano muito difícil para mim uma vez que a Bridgit tinha se lesionado. Eu não sabia se ela voltaria a tempo. Ao final, esteve perfeita e deu tudo certo!

Por favor comente o desempenho das norte-americanas Christine Mccrea e Bezzie Madden, respectivamente, medalhistas de ouro e prata, que também fizeram um belissimo trabalho no Pan. Concorrer com as mulheres nem sempre é facil... (rs)?

Elas foram perfeitas. A Christine McCrea tem um conjunto muito forte com o seu cavalo e tem obtido os melhores resultados nos EUA este ano. A Beezie Madden eu considero a melhor amazona do mundo já há algum tempo, então elas também mereceram estas medalhas. Não é fácil concorrer com as mulheres. Mas o hipismo é assim e elas têm as mesmas condições nossas de vencer.

 Bezzie Madden, ouro, Christine McCrea, prata, e Bernardo Alves, bronze, com Pedro Cebulka, mestre de cerimônias nas principais competições do mundo; foto: CBH/cedida



O Rodrigo também, mais uma vez, chegou muito perto da medalha individual. Como é interação dele como treinador e companheiro de equipe?  


O Rodrigo já exercia essa função antes mas só agora de modo oficial. Ele sabe tudo o que está acontecendo com cada um e tem muita experiência para poder tomar decisões. Foi uma pena a égua dele se lesionar, mas por outro lado ele continuou me ajudando como treinador.

O time brasileiro de Salto tem o Jean Maurice Bonneau, chefe de equipe no Pan, como consultor técnico permanente . A seu ver qual a importância de contar com a experiência e apoio dele?

O Jean Mauricce tem muita experiência como chefe de equipe. Ele é muito detalhista  e junto com o Rodrigo formou uma parceria de sucesso. Acho que estamos muito bem organizados para o próximo ano em que temos as Olimpíadas como o maior objetivo.

Você costuma dizer que a Bridgit é a sua melhor montaria até hoje. Ela teve uma lesão e se recuperou a tempo de brilhar nesse Pan. Como será o planejamento na disputa por uma vaga em Londres 2012?

A Bridgit com certeza é o melhor cavalo que eu já montei. Ela teve uma lesão no tendão e depois da recuperação no início do ano eu tinha três meses para colocá-la em forma. Com o apoio dado pela comissão técnica da CBH pude fazer um retorno sem forçá-la demais e atingir o ápice da forma no Pan-americano. Agora ela terá um merecido descanso e vamos seguir trabalhando firme em busca de uma vaga na equipe brasileira nas Olimpíadas.

Bernardo e Bridgit rumo à vitória no GP do Global Champions Tour de Monaco em 2010; foto: GCT

 


Atualmente, além da Bridgit, quais são os seus principais cavalos?

Hoje eu monto a Bridgit, Kingly du Reverdy, Chupa Chups, Cantino e Quentin, todos de propriedade do Haras Joter.

Você tem tempo para praticar alguma outra atividade esportiva?

Só brincando...eu adoro jogar tênis e golfe.

O que mais você gosta de fazer nas horas de lazer?

Hoje em dia eu curto mais é ficar em casa com a família, brincando com a minha filha Julia e quando possível jogo um pouco de tênis e golfe.


Bernardo com sua esposa Carolina e primogênita Julia; foto: cedida



Quando você vem ao Brasil? Tem previsão de alguma clínica em 2012? Comente também sua clínica no Helvetia Riding Center em 2011.


Essa semana estarei no concurso do Sitio Chuín na Bahia a convite do anfitrião Oliveira em 2012 eu devo organizar algumas clínicas no Brasil. Já o Helvetia, a meu ver, tem uma estrutura de nível dos melhores manéges europeus, uma pista com um piso fantástico e eu gostei muito da organização por parte do proprietário Milton Minello e dos cavaleiros Nando Miranda e Flavinho Abreu. Acho que vamos fazer outras no próximo ano.

CBH. Você recebe cavaleiros / amazonas para treinamento e clientes para compra de cavalos na Europa?

Hoje estou trabalhando em um Manège em Gerpinnes, na região de Ligny perto das cocheiras do Neco (Nelson Pessoa) na Bélgica, onde tenho 30 cocheiras à disposição, uma pista coberta muito boa e todas as condições de receber e acompanhar cavaleiros que queiram montar por aqui. Tenho alguns cavalos de comércio e também presto assessoria ao Haras des Dames de onde veio a Pampa des Dames, montaria do Totty (Bartholomeu Bueno de Miranda) e ainda a Nala des Demes, égua do cavaleiro amador Caio Costa.

Por favor deixe uma mensagem para seus fãs e amantes do esporte que tanto vibraram com a sua conquista no Pan.

Podem continuar torcendo porque eu estou montando uma craque que é a Bridgit e ainda espero poder dar muitas alegrias a vocês.
 

Bernardo e as medalhistas nortemericanas Christine McCrea (ao centro) e Bezzie Madden na coletiva de imprensa final em Guadalajara; foto: CBH/cedida

 

Gostaria de fazer algum agradecimento ou mencionar algo em especial?

Primeiro eu gostaria de agradecer e dedicar estas medalhas ao Jorge Gerdau Johannpeter por tudo que ele fez por mim e todas as chances que ele me proporcionou. E também pela compra da Bridgit que, sem dúvida, já deu e ainda vai nos dar muitas alegrias.

Eu gostaria também de agradecer à CBH, e mais diretamente também ao Betão (Luiz Roberto Giugni), que me passou toda tranquilidade para colocar a Bridgit em forma dentro do tempo certo.


Fonte: CBH - Carola May; fotos: CBH / cedidas e arquivo pessoal B. Alves e N. Miranda

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