Uma trilha de estende por 160km em paisagens variadas e pitoresacas. As equipes dos cavalos e cavaleiros progridem constantemente ao longo do percurso, intercalado a cada 20 ou 30 km para inspeção veterinária obrigatória e período de recuperação.
A competição de Enduro é o resultado de anos de esforço. É também sobre amor: pelo cavalo e a parceria que o cavaleiro forma com o cavalo e o esporte. André Vidiz é um competidor de enduro de segunda geração de uma família imersa nas tradições do esporte e na emoção da aventura. Ele conquistou seu próprio nome em competições internacionais de Enduro, representando o Brasil em vários eventos ao longo dos anos e sempre aparecendo consistente no ranking mundial.
No Enduro Equestre, atletas e cavalos exploram uma variedade de terrenos e locais enquanto são testados pelo percurso e seus elementos naturais. Superar os desafios das trilhas – distância, clima e outras variáveis – faz com que cruzar a linha de chegada seja uma doce vitória, independente da classificação entre os demais competidores.
André Vidiz, top 3 no ranking mundial de Enduro, atualizado em 31/10/2022
Vidiz começou a montar em provas de Enduro aos seis anos em parceria com seu pai. O esporte era novidade no Brasil, seu pai começou a competir e adorou a modalidade. "As trilhas eram de velocidade imposta sem nenhuma marcação. Você recebia o mapa e tinha que encontrar o caminho. Era muito desafiador acertar o ritmo, então meu pai me levava com ele para ajudá-lo. Eu procurava o percurso e ele controlava nosso ritmo”, lembra Vidiz.
Desde então, as competições de enduro evoluíram e Vidiz representou o Brasil em eventos ao redor do mundo, do Bahrein à Itália, entre muitos outros locais. Suas conquistas incluem um terceiro lugar no FEI Young Horse Endurance Championship em 2009 com Mágico Endurance e a medalha de prata por equipes Campeonato Mundial de Enduro 2021 na Itália.
O esporte, de fato, faz parte da família. Vidiz monta os cavalos do seu tio Leo Steinbruch e seus primos Eli e Isabela também montam. O enduro começa começa com a seleção de cavalos jovens e a orientação cuidadosa de seu treinamento e desenvolvimento, se tiveram aptidão.
"Minha família tem uma fazenda de criação de cavalos de enduro, o Haras Endurance. Então, aos quatro anos de idade, selecionamos quais cavalos vamos treinar”, revela Vidiz. “Como montei quase todos os garanhões e éguas em provas anteriores, já sei o que esperar de cada um. A partir daí concentro-me no temperamento porque isso faz toda a diferença no futuro.”
A prática do enduro de geração em geração na família Vidiz
O treinamento se dá por um longo período de tempo, em ritmo lento, para desenvolver totalmente o cavalo. Os cavalos têm programações de treinamento individualizadas e competem em eventos locais para obter um certificado de capacidade muito antes de irem para uma competição internacional. Os cavalos devem amar a modalidade tanto quanto seus cavaleiros para serem bem-sucedidos.
“Acho que a parte mais importante é construir uma carreira sólida para o cavalo”, disse Vidiz. “Quando você tem um cavalo experiente e saudável, pode fazer muita preparação de baixa intensidade e apenas algumas sessões de galope antes da trilha e ele estará pronto para a competição.”
A estratégia funciona, como evidenciado pelo contínuo sucesso de Vidiz com seus cavalos ao longo dos anos. A abordagem de treinamento de jogo longo significa que cavalos e atletas estão olhando para frente com anos de antecedência e têm suas carreiras cuidadosamente construídas em eventos específicos. “Agora, finalmente, tenho meus cavalos na Europa. Então estou ansioso para competir nos circuitos mais importantes da França e no Campeonato Mundial da FEI no ano que vem”, revela o brasileiro.
A Europa recebe muitos eventos da FEI ao longo do ano, permitindo que os atletas e seus cavalos treinem e compitam no mais alto nível. O Campeonato Mundial da FEI era tradicionalmente realizado a cada dois anos, mas o evento de 2022 foi adiado. Agora acontece na mundialmente famosa Boudheib International Endurance Village, nos Emirados Árabes Unidos, de 20 a 26 de fevereiro. Embora essas mudanças de programação apresentem desafios adicionais na preparação de cavalos, a adaptabilidade sempre foi uma marca registrada dos praticantes da modalidade.
Ao final, os cavalos continuam sendo a melhor parte do esporte para os atletas. “Com certeza a relação que você constrói com seu cavalo depois de passar o dia inteiro juntos supera todo tipo de adversidade. É a sensação de cruzar a linha de chegada de um percurso de 160 km sabendo que você e o cavalo formavam um único ser”, conclui Vidiz.
Fonte: Stacey Stearns para Federação Equestre Internacional; cortesia de imagens: André Vidiz - tradução CBH
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