Em 31 de julho e 1º de agosto, o Haras Albar, em Campinas (SP), recebeu mais de 120 enduristas para as provas de seu tradicional evento anual de Enduro Equestre. Esse ano o Festival Internacional seria o Pan Americano da modalidade, mas o Pan foi cancelado após o recebimento de cartas de diferentes Federações relatando dificuldades para qualificação de seus conjuntos devido às dificuldades perante a Covid-19. Mesmo assim, os enduristas contaram com uma recepção calorosa da organização do Haras Albar e o evento contou com belas disputas.
Na CEI 3* 160km, Pedro Marino foi o grande campeão com Quênia do Bom Viver com velocidade média de 18.06km/h e recuperação cardíaca de no máximo 2min35, no sexto e último anel. "Foi uma vitória muito importante para iniciar o ciclo para o próximo Mundial. Com certeza vamos em busca de medalhas tanto por equipes como individualmente. Scredito que teremos a equipe mais forte de todos os tempos! Quanto a prova no Haras Albar: melhores trilhas e evento do Brasil!", comentou o campeão.
O campeão Pedro Marino com Quênia do Bom Viver
A segunda colocação foi do anfitrião, Carlos Paes de Barros, o Carlito, montando Veriano Rach, cavalo que levou o prêmio de Best Condition da prova e demonstrou sua excelente forma em exposição após a premiação. Após também levar a prata na prova de 120km, que aconteceu no domingo, Carlito destacou o sucesso do evento. "O concurso do Albar foi muito animador, mostrando o quanto é importante mantermos um calendário fixo, anual, possibilitando o planejamento esportivo dos competidores. A localização do Haras Albar oferece boa facilidade para os competidores atenderem ao evento. Quanto aos resultados do final de semana, foram o que eu chamo de "Bingo!". Difícil de acontecer no Enduro. O mais espetacular foram os "Best Conditions" tanto na prova de 160Km quanto na 120km. Quanto isto acontece, toda a equipe fica muito orgulhosa com o trabalho de preparação, treinamento e na corrida em si. É um belo exemplo para mostrar quem não conhece muito sobre o Enduro, que os cavalos são saudáveis, têm ótima saúde e adoram, amam fazer Enduro."
Best condition e o vice para Carlito Paes de Barros e Veriano Rach
A prova de 120km contou fortes emoções na chegada. Com as eliminações de Caio Guimarães Vaz no último vetcheck, que se manteve na quarta colocação e no último anel foi o primeiro a cruzar a linha de chegada, e de Rodrigo Barreto, que no último anel buscou a segunda colocação após se manter em último durante os outros três anéis. Ao final, com uma prova mais "conservadora", o campeão foi Leo Steinbruch montando Máximo Endurance. O conjunto teve média de 17.82km/h e terminou a prova em 6 horas e 44 minutos. "O piso da trilha estava ótimo, apenas um pequeno trecho tinha buracos que mereciam atenção. A topografia para o meu gosto é a ideal, cerca de 70% plana e 30% dividida em aclives mais e menos suaves. A temperatura foi a ideal, ou seja, uma largada com cavaleiros confiantes que seria uma prova de velocidades altas. Eu preferi apostar numa velocidade mais constante, e o Máximo correspondeu às minhas expectativas, sempre baixando (os batimentos cardíacos) rápido e trotando limpo, o resultado foi apenas uma consequência", comentou o campeão.
Vitória para Leo Steinbruch com Máximo Endurance
Apesar de ter ficado com a segunda colocação da disputa, o resultado de Carlito e Amon-Ra SBV não foi aceito pela FEI devido à regra do novo regulamento que entrou em vigor em julho/21 que diz que, após duas eliminações, o cavalo deve concluir uma prova abaixo de 18km/h. Por ter feito o primeiro anel a 18.68km/h, o resultado não foi válido. Quanto a isso, Carlito comentou que "é uma nova regra FEI. Não temos nada a falar. Nos cabe internalizá-las e cumpri-las. Parto sempre do pressuposto que a FEI cria regras para proteger o bem estar do cavalo. E, se assim for, tem apoio irrestrito do Haras Albar".
Assim, a segunda colocação da prova de 120km foi do paranaense João Leonel montando Saladino da Barra, com 17.24km/h de média. Após andar na segunda colocação nos três primeiros anéis, o quarto anel do conjunto foi mais lento e garantiu a finalização com sucesso na disputa.
Já na categoria CEIYR 120km (Young Rider - até 21 anos) o pódio também foi liderado pela Federação Paranaense de Hipismo, com a primeira e segunda colocação. Sagrou-se campeão João Pedro Antocheski montando RG Koral, com velocidade média de 18.38km/h, seguido por Arthur Ulsenheimer e Olga CRH com a prata, encerrando a prova com velocidade média de 17.96km/h. A terceira colocação foi para o paulista Ryan de Almeida e HSK Notah, com 17.11km/h de média.
A prova CEI1* 100km foi a disputa internacional mais concorrida. Logo no início do primeiro anel o português Pedro Godinho abriu distância assumindo a liderança e foi o campeão com média de 18.23km/h montando Doublesik CVV. A segunda colocação foi de Anderson Cargol e Sabino BV, com 17.36km/h e ótimos tempos de recuperação cardíaca, não passando dos 2 minutos em nenhum anel.
Cruzando juntos a linha de chegada, a terceira colocação ficou com José Caio Vaz Guimarães e Daughter of Just HVP e o quarto lugar com Isabella Campedelli e Stadt XB, ambos os conjuntos com 17.25km/h de média. Completando o pódio, a quinta colocação coube a Juliana Moreira e Onix Endurance, com média de 17.02 km/h.
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Além de provas regionais, agora os enduristas se preparam para o Campeonato Brasileiro de Enduro Equestre 2021 (CBEE), que acontece de 16 a 18 de setembro no Haras Minas Gerais Endurance, em Caetanópolis (MG). As inscrições abrirão em breve - consulte aqui.
Com a fonte: Isabella Campedelli ; imgs: divulgação
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