O cavaleiro olímpico André Parro, que em 23/4 garantiu índice pan-americano em Ocala (EUA), já está de volta a São Paulo, onde em 6 e 7/5 está à frente do Concurso Completo de Equitação (CCE), em Colina. O evento tem chamada 3*, valendo como observatória pan-americana, 2*, 1* e além das séries 0.90, 0.75 e 0.50m.

André e Watusi em flash CCI 3* Stable View 2023 nos EUA; img: acervo pessoal

As provas de Salto e Adestramento acontecem no Recinto Dr. Mario Felicio e o sempre decisivo Cross-country no Haras Cedro da Colina, de propriedade da família Parro. "O Haras está ligado a criação de cavalos desde 1989, começou tudo com meu pai. Eu assumi em 2004 e também comecei a organizar eventos de CCE", conta André Parro, irmão do também olímpico e medalhista pan-americano Carlos Parro, o Cacá, radicado na Inglaterra. 

"O cross country no Haras Cedro tem a característica de um percurso muito técnico e com grandes variações de tipos de obstáculos. Como eu sou course-designer FEI e sempre estou fora do Brasil armando também trago essas características para a nossa prova, que tem um padrão comparável ao europeu", destaca André, que mais uma vez será responsável pelo percurso de cross em Coina.

André também comentou o aumento de participação em concursos da modalidade em solo brasileiro, especialmente nas categorias de base. "Acredito que o bom trabalho feito pela CBH é responsável por isso. Temos que sempre focar na base e ter cada vez mais incentivos para esses números aumentarem ainda mais", pontua André. Durante o Concurso em Colina, Guto de Faria, técnico nacional do Concurso Completo, a exemplo de eventos anteriores, novamente ministra uma clínica para os candidatos a uma vaga no Pan-americano e jovens talentos. 

Nos EUA, André está baseado em Aiken, na Carolina do Sul. "Hoje estou montando 5 e 6 cavalos por dia. Três - Watusi, 10 anos, Tamara, 13, Tullabeg Chinzano, 9 - são os que atualmente estou competindo e os outros são de uma aluna que somente monta aos finais de semana", conta o cavaleiro, candidato a uma vaga no Time Brasil nos Jogos Pan-americanos 2023 no Chile. "Em maio vou competir nos Concursos Chatt hills, Virginia International, em junho em Poplar Place e River Glen e em julho no Maryland International eRebecca Farm International. "Watusi e Tamara já têm índice técnico para o Pan e a Tullabeg Chinzano também vai fazer parte do processo", explica André. Tullabeg Chinzano integrou a equipe medalha de ouro e também garantiu ouro individual nos Jogos Sul-americanos 2022, com Carlos Parro, e recém passou para as mãos de André.

André, 48, foi campeão brasileiro em diversas ocasões, campeão do Prêmio Brasil Olímpico 2008/2009, integrante da equipe medalha de bronze no Pan Rio Rio 2007, defendeu o Brasil nas Olimpíadas Atenas 2004 e Beijing 2008, no Mundial de 1998 na Itália e detém medalhas nos Sul-americano: prata em 1998, Bronze 2003, ouro 2011 e bronze 2014.

Ao lado de André integram a lista de cavaleiros candidatos a vaga no Time Brasil - quatro titulares e um reserva - no Pan-americano do Chile (ordem alfabética): Carlos Parro, Fabrício Albuquerque, Marcelo Tosi, Marcio Appel, Marcio Carvalho Jorge, Nilson Moreira da Silva, Pedro Resende Nunes, Rafael Mamprim Losano, Ricky Candi, Ruy Leme da Fonseca Filho e Vinícius Albano.

O índice técnico da Federação Equestre Internacional rumo ao Pan - Minimum Eligibility Requirement (MER) em um CCI3*Longo - precisa ser alcançado entre 1 de janeiro de 2022 e 24 de setembro de 2023 conforme

a) Adestramento: não mais que 45 pontos perdidos (55%)
b) Cross Country: percurso limpo nos obstáculos (atingir o máximo um obstáculo frágil ou máximo de uma bandeira perdida mantém o índice). Não exceder em mais 75 o tempo ideal em concursos de 2, 4, e 4* e 100 segundos no caso de concursos de nível 5*.
c) Salto: não mais 16 pontos perdidos (4 faltas)

A Escola de Equitação das Forças Armados no Chile, em San Isidro de Quillota, na região de Santiago, vai sediar as competições de hipismo, entre 20/10 e 5/11, e as provas do Concurso Completo de Equitação acontecem entre 27 e 29/10. As equipes medalha de ouro e prata garantem vaga de seus países em Paris 2024. Os EUA que faturaram prata no Mundial 2022 em Pratoni na Itália já estão qualificados para os Jogos Olímpicos e caso garantam ouro ou prata no Chile, o time medalha de bronze carimba o passaporte de seu país para Paris.

Imprensa CBH ; img: acervo pessoal