Competindo em Sopot na Polônia no junho e em julho e na Scuderie della Malaspina, Ornago MB, na Itália, o medalhista paralímpico e mundial Rodolpho Riskalla emplacou em todas as provas que entrou. Atualmente, o cavaleiro conta com duas montarias: Irish Coffee BH, sela holandês de 10 anos, e Hexagons Denzel, sela holandês de 15 anos.
No CPEDI3* Sopot, na Polônia, entre 23 e 25/6, Rodolpho e Hexagons Denzel garantiram duas vitórias no Grand B e Grand Prix Freestyle - Grau V. Na mesma competição com Irish Coffee BH, Rodolpho e venceu o Grand Prix Freestyle e foi 2º colocado no Grand Prix B e Grand Prix A - Grau V.
Rodolpho e Irish Coffee BH em ação em Sopot; img: Wroznowska
Já no CPDI3* de Ornago, entre 7 e 9/7, Rodolpho e Hexagons Denzel venceram de ponta a ponta no Grand Prix A, Grand Prix B, 74,518% e Grand Prix Freestyle - Grau V, com 78,017%. Com seus resultados, Rodolpho já está tecnicamente qualificado para Paris 2024 com seus dois cavalos.
Regras de qualificação - O prazo para classificar uma equipe para os Jogos Paralímpicos Paris 2024 termina em 31/12/2023, bem como possíveis vagas individuais. Para classificar por equipe o Brasil precisa obter mais pontos no ranking paralímpico por equipes que o Canadá que também tem uma equipe no ranking. Os EUA já estão classificados. Se o Brasil não classificar a equipe, os três melhores cavaleiros das Américas (sem contar os EUA e o Canadá por exemplo) no ranking paralímpico individual obtém a vaga para seu país, sendo somente dois de uma mesma nação. Se, por exemplo, os três primeiros do ranking forem todos brasileiros a terceira vaga vai para o próximo país com um cavaleiro individual. As vagas individuais são do país e não necessariamente do cavaleiro que as obteve.
Rodolpho e Hexagons Dexel: três vitórias na Itália; img: Scuderie della Malaspina
Rodolpho lidera o ranking das Américas, considerando que os EUA já estão qualificados, condição que sendo mantida até 31/12/2023 garante a vaga do país em Paris 2024.
Sobre Rodolpho Riskalla: trajetória de superação
Cavaleiro desde criança, Rodolpho competiu no Adestramento (Dressage) convencional por vários anos no Brasil e na Europa para aonde se transferiu em 2000, somando várias conquistas. Em 2015, Riskalla contraiu meningite bacteriana, ficou em coma por vários dias, e como consequência da doença sofreu a amputação tibial das duas pernas, mão direita e dedos da mão esquerda. Poderia ser o fim da carreira do atleta, mas Rodolpho Riskalla se reinventou, se adaptou a proteses, voltou a montar meses depois e fez sua estreia paralímpica nos Jogos do Rio 2016 se posicionando em 10º no individual e 7º por equipe.
No mesmo ano foi o vencedor do FEI Awards, categoria Against All Odds (contra todas as adversidades) promovido pela Federação Equestre Internacional. Em 2021, nos Jogos de Tóquio, conquistou a inédita medalha de prata na prova técnica, feito inédito para o país. No Mundial de 2018 nos EUA, Rodolpho conquistou duas pratas e no Mundial 2022 na Dinamarca, dois bronzes.
Rodolpho Riskalla venceu as quatro últimas edições (2018, 2019, 2021 e 2022) do Prêmio Paralímpicos promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Atualmente, o cavaleiro divide seu tempo entre Alemanha, onde voltou a morar, e Paris, onde residiu por vários anos e é gerente de eventos da Dior Maison.
Imprensa CBH