A Grã-Bretanha está na liderança por equipes e o alemão Michael Jung vem quente em busca do 3º ouro individual olímpico, seguido pela britânica Laura Collet.
Com mais uma boa atuação Rafael Losano e Withington zeraram o cross-country, a 2ª fase do Hipismo Completo, e foram o melhor conjunto brasileiro em Paris 2024, nesse domingo, 28/7. O Cross-country contou com 28 obstáculos, totalizando 41 esforços, ao longo de 5.146 metros, tempo limite de 9min02, velocidade de 570 por minuto, à beira do Grande Canal nos jardins do Castelo de Versailles, perante cerca de 40 mil espectadores ao longo do percurso.
Rafael e Withington em ação perante grande público em Versailles
Rafael e Withington fecharam o percurso sem faltas com 9,20 pontos perdidos (pp) por ultrapassar a faixa de tempo. Com esse resultado, somado à pontuação do Adestramento, Rafael e Withington encontram-se na 30ª lugar entre um total de 64 conjuntos, incluindo oito eliminados / desistentes. "Em Tóquio, tive uma prova de cross um pouco complicada, demorou para aquilo sair da minha cabeça e a gente superar. Então foi sensacional vir aqui e até agora cumprir as metas. O percurso está maravilhoso, a torcida, o pessoal gritando chega até arrepiar, um sentimento espetacular. Devido ao piso estar um pouco liso, tomei um pouco de cuidado em alguns pontos", destacou o cavaleiro.
Carlos Parro, o Cacá, com Safira, que abriu a rodada do Time Brasil, também zerou o cross e registrou 22,40 pontos perdidos por exceder o tempo e somado ao resultado no Adestramento acumula 60,10 pp, na 42ª colocação. "Senti que com público muito perto, a Safira ficou um pouco excitada, querendo ir mais do que deveria e tive que segurar ela um pouco, com isso perdemos tempo. Do meio para frente ela melhorou. Acho que ela vai crescer e será uma égua muito boa para o próximo ciclo", destacou Cacá.
Cacá e Safira na reta de chegada do cross em Paris 2024
Terceiro conjunto a largar Marcio Jorge com Castle Howard Casanova teve um desvio no obstáculo nº 21, o que levou a perda de preciosos pontos. A dupla terminou o percurso com cautela totalizando 42,40 pontos perdidos no cross-country e somado com o resultado do Adestramento vem com 75,70 pp em 52º lugar. "Meu cavalo deu uma olhadinha no público, mas isso também ficou bem. Onde tivemos o problema, na verdade foi erro meu e ao final chegamos bem na reta final. Definitivamente esse não foi meu final de semana", disse Marcio, que com o mesmo cavalo garantiu prata individual e bronze por equipes, ao lado de Rafael, Cacá e Ruy Fonseca, no Pan de Santiago 2023.
Marcio e Castle Howard Casanova
Na classificação geral o Brasil encontra-se em 12º lugar, 177,40 pp, à frente da Itália, Alemanha, Austrália e Polônia. A Grã-Bretanha manteve-se liderança, 82,50pp, seguida pela França, 87,20 pp e Japão, 93,80. Sempre competitiva, a Alemanha, desse vez, teve um conjunto eliminado, porém seu principal cavaleiro Michael Jung, bicampeão olímpico em Londres 2012 e Rio 2016, vem na liderança da competição individual com zero ponto perdidos os mesmos 17,8 pp, trazidos do 2º lugar no Adestramento. A britânica Laura Collet, vencedora no 1º dia, fechou o cross com 0.80m e vem com 18,30 pp na 2ª colocação.
Habilitam-se para a grande final do Salto, que vai definir os pódios individuais e por equipes, nessa 2ª, 29, a partir das 10 horas, os conjuntos que concluírem o cross e tenham seus cavalos aprovados na inspeção veterinária pela manhã.
Imprensa CBH com imagens: Luis Ruas