O bicampeão olímpico francês Pierre Jonqueres d´ Oriola faleceu nessa terça-feira,mm 19/7, nos Pirineus na França, aos 91 anos.
Nascido em 1º de fevereiro de 1920, d'Oriola conquistou a medalha de ouro individual nos Jogos Olímpicos de 1952 em Helsinque, na Finlandia, montando Ali Baba. Essa foi a segunda medalha para a família d’Oriola em Helsinque. Seis anos antes seu primo Christian d’Oriola foi ouro na modalidade esgrima.
Exímio cavaleiro: Pierre Jonqueres d´ Oriola, bicampeão olímpico indiviudal, campeão mundial, entre outras conquistas, totalizando mais de 500 vitórias em GPs internacionais ao longo de sua carreira; foto: FEI
Doze anos mais tarde em Toquio, Pierre Jonqueres d’Oriola voltou a conquistou o ouro individual no Salto, desta feita, montando Lutteur B, e ainda levou a medalha de prata por equipes. A medalha de ouro D’Oriola foi a única da França nos Jogos Olímpicos de Toquio, o que lhe rendeu cumprimentos especiais por parte do General de Gaulle e direito a uma recepção de heroi em seu retorno para casa.
O cavaleiro também foi ouro individual no Campeonato Mundial de 1966 com seu novo cavalo Pomone B. D’Oriola vencendo a prova de rodízio final competindo com outros três nomes lendários no esporte: José de Borhoques (ESP), Raimondo d’Inzeo (ITA) and Nelson Pessoa (BRA) – tornando-se assim o primeiro campeão mundial francês na modalidade Salto. Nas Olimpíadas 1968 no México conquistou a prata por equipes, nessa que foi a quinta e última participação em Jogos Olímpicos.
Durante 25 anos de competições internacionais, D’Oriola registrou mais que 500 vitórias, incluindo, os GPs de Roma (por duas vezes), Paris, Genebra, Nice and Bruxeleas, bem como a King’s Cup em Londres. O cavaleiro também sagrou-se tetracampeão francês em 1954, 1956, 1958 e 1959.
D´Oriola vivia na França, perto da fronteira com a Espanha e era regularmente visto no CSIO Barcelona, que ele frequentava todos os anos, inclusive em 2010.
“Ele era um gentleman absoluto e um horseman maravilhoso", destacou John Roche, diretor de salto da Federação Equestre Internacional. “Todos que o conheceram ou tiveram contato com ele sentirão muito a sua falta."
Para o cavaleiro internacional Antonio Alegria Simões, diretor técnico da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), a passagem de D´Oriola deixa saudades e somente boas lembranças. "Ele era uma pessoa muito especial, extremamente amável. Nunca reclamava de nada, saltava, ganhava e ia embora. Além disso estava sempre alegre."
Fonte: FEI - Ruth Grundy e Malina Gueorguiev; versão: CBH - C. May