O course-designer brasileiro Guilherme Jorge já é presença certa nos Jogos Olímpicos Londres 2012, onde atuará como assistente do inglês Bob Ellis. Aos 44 anos dos quais 19 dedicados ao desenho de percursos, Guilherme foi responsável, entre inúmeras seletivas de Copa do Mundo principalmente nas Américas e outros eventos de ponta internacionais, pelo desenho dos percursos em duas Finais de Copa do Mundo 2005, 2007 e os Jogos Pan-americanos RIO 2007 e atuando também como Delegado Técnico nas Finais da Copa do Mundo 2009 e 2011.
Guilherme Jorge, à direita, com Bob Ellis, em Spruce Meadows, tradicional Concurso de Saltos Internacional 5* no Canadá
O brasileiro também trabalhou como desenhador assistente nos Jogos Equestres Mundiais 2010 e Pan-americanos 2011. Em Guadalajara, além de Guilherme, também atuaram como assistentes do course-designer mexicano Javier Fernandes, os brasileiros Marina Azevedo, Erica Sportiello e Marcos Capra de Castro. "Sem dúvida foi mais uma oportunidade de melhorarmos o nível do desenho de percursos no Brasil", diz Guilherme.
Guilherme Jorge com o mexicano Javier Fernandes, course-designer nos Jogos Pan-americanos Guadalajara 2011
"Trabalho sempre com o Bob Ellis, armador das Olimpíadas 2012, no Concurso de Saltos Internacional CSI-W 5* de Olympia em Londres", conta Guilherme. "Temos um ótimo relacionamento. Ele queria que eu fizesse parte da equipe dele, mas o Comitê Organizador das Olimpíadas de Londres disponibilizou pouquíssimas credenciais para assistentes. Minha credencial veio através da Federação Equestre Internacional (FEI) com o intuito de ir me preparando para os Jogos do RIO 2016. Irei como ITO - International Technical Official - auxiliando também nas outras modalidades e trabalhando como desenhador assistente nas competições de Salto.
A arena do estádio Olympia, palco do Concurso de Saltos Internacional - CSI-W 5*, em Londres
Bob Ellis em sua primeira visita ao Brasil durante a Copa Hermes em São Paulo em outubro de 2011 ao lado do cavaleiro brasiliense Geraldo Gomes de Lemos; foto: CM/FPH
Participar de uma Olimpíada é sonho de todo cavaleiro e não é diferente para um desenhador de percursos. Ter um desenhador local em eventos como os Jogos Olímpicos e Jogos Equestres Mundiais , a exemplo de Atlanta 1996, Roma 1998, Jerez de la Frontera 2002, Aachen 2006 e Kentucky 2010, já é uma tradição. Por isso, como não poderia deixar de ser, a possibilidade de Guilherme de armar as Olimpíadas Rio 2016 é boa.
"Já possuo a credencial necessária: o Nível 4 do sistema educacional da FEI. Tenho procurado me preparar da melhor maneira possível. Em 2010 fui desenhador assistente no Mundial, em 2012, vou a Londres e sigo armando grandes eventos principalmente nas Américas e, pelo menos uma vez ao ano, na Europa", conta Guilherme.
Guilherme Jorge no Winter Equestrian Festival 2011 na Flórida (EUA)
"O fato de a FEI ter me indicado como Delegado Técnico em eventos de grande importância bem como indicação para a short-list de candidatos à armação nas Olimpíadas de Londres 2012, acredito que demonstra confiança e apoio ao meu trabalho.Tenho um bom relacionamento com os cavaleiros em todo o mundo, o que sem dúvida nenhuma é um apoio da maior importância", acrescenta o course-designer.
"Vou seguir trabalhando na minha preparação e espero mais uma vez poder mostrar a história do nosso País e do Rio de Janeiro em meus percursos , a exemplo dos Jogos Pan-americanos de 2007", finaliza Guilherme, referindo-se aos obstáculos que tradicionalmente apresentam tradições e momumentos de cada país sede.
Fonte: Carola May; fotos: cedidas