No Dia Internacional da Mulher, celebrado em todo o mundo nesta quinta-feira, dia 8, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) exalta a crescente participação feminina no esporte nacional. A representatividade das mulheres brasileiras vem aumentando a cada edição de Jogos Olímpicos.
Em Pequim 2008, por exemplo, foram 113 atletas do gênero, em uma delegação de 277, o que representou 48,01%. Para Londres 2012, o Time Brasil já tem garantida a presença de 68 mulheres. Além de contribuir para maior participação feminina dentro do campo de jogo, o COB estimula presença da mulher no ambiente corporativo, atuando como líderes na gestão esportiva das entidades.
“O Brasil é um dos países que promove de forma mais eficaz a igualdade de gêneros no Movimento Olímpico. Isto é algo que muito nos orgulha. O esporte é um excelente meio de fomentar a emancipação feminina e contribuir para o desenvolvimento da mulher na sociedade. Além da participação no campo de jogo, também estimulamos a participação feminina dentro das organizações esportivas, atuando na gestão das entidades”, destacou o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman.
A primeira participação olímpica de uma brasileira foi em 1932, em Los Angeles, com a nadadora Maria Lenk. Desde então, o Brasil passou a contar com mulheres em todos os Jogos Olímpicos. O grande salto deu-se a partir de Barcelona-92, quando a presença feminina foi de 25% da delegação brasileira. Oito anos depois, em Sydney-2000, as mulheres já representavam 45% dos atletas nacionais. Em Pequim, além de praticamente representar a metade da delegação, as mulheres foram destaques em termos de resultados, com as medalhas de ouro de Maurren Maggi e do vôlei feminino, a prata do futebol feminino e os bronzes de Natália Falavigna, no taekwondo, Ketleyn Quadros, no judô, e Isabel Swan e Fernanda Oliveira, na vela.
O COB possui 19 atletas e ex-atletas entre seus funcionários. Destes, 11 são mulheres. Uma delas é Adriana Behar, medalhista olímpica no vôlei de praia nos Jogos de Sidney e Atenas. Atualmente, Behar é supervisora de esportes do COB e, na última semana, juntamente com a Diretora Cultural, Christiane Paquelet, representou a entidade na 5ª Conferência Mundial sobre a Mulher e o Esporte, organizada a cada quatro anos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). O encontro reuniu cerca de 800 pessoas de mais de 135 países e abordou diversos assuntos relacionados aos esforços para fortalecer a representatividade feminina, tanto no aspecto esportivo quanto em posições de liderança nas entidades esportivas. “O Brasil tem um histórico muito bom de igualdade de gêneros no esporte. Nossos projetos têm um foco geral, sem distinguir o sexo. Nosso país dá oportunidade a todos, estimula, não discrimina. A inclusão da mulher no esporte é um movimento contínuo, sem volta. O esporte hoje tem uma entrada muito mais forte na sociedade, não só como inclusão social, mas como uma opção de trabalho. Isso abre as portas também para as mulheres”, destacou Adriana.
A inclusão total da mulher no esporte é uma das prioridades do COI e tem o apoio total do COB. Em 1995, a entidade máxima do esporte mundial criou a Comissão da Mulher e o Esporte, que tem como função assessorar o Conselho Executivo do COI sobre a política na área de promoção das mulheres no esporte.
A primeira participação das mulheres em Jogos Olímpicos aconteceu em 1900, em Paris, quando apenas 22 atletas competiram no tênis e no golfe, enquanto 975 homens participaram do evento. A última edição de Jogos Olímpicos, em Pequim, reuniu 4637 mulheres, o que representou 42,4% do total de atletas. Atualmente, o COI exige que qualquer modalidade que almeje fazer parte do Programa Olímpico seja amplamente praticada pelos dois gêneros. Como acontecerá no Rio de Janeiro, em 2016, quando o golfe e o rúgbi retornarão ao Programa Olímpico, agora disputado por homens e mulheres.
Fonte: COB