Na manhã desse domingo, 11, na Sociedade Hípica Paranaense, em Curitiba, o ginete top de São Paulo José Roberto Reynoso Fernandez Filho confirmou a liderança na contagem geral das observatórias olímpicas no país. Tanto na 1ª observatória no Torneio de Verão em São Paulo no último final de semana e na 2ª em Curitiba, a armação de pista esteve a cargo do course-designer top internacional Guilherme Nogueira Jorge.
Montando Maestro St. Lois Sanol Dog Protécnica, Zé Roberto fez pista limpa na 1ª volta da prova a 1.55 metro e tornou a zerar 2ª volta com somente ponto por excesso de tempo. Na sexta-feira, na 1ª observatória, o conjunto recém formado havia cometido dois derrubes. Com esse resultado somado ao resultado das duas disputas em São Paulo, Zé Roberto manteve a liderança na contagem geral das observatórias com 21 pontos perdidos.
José Roberto e Maestro Sanol Dog Protécnica em clique perfeito na 1ª observatória no Clube Hípico de Santo Amaro; foto arquivo: Duílio / Tupa Video
"Adquiri o Maestro St Lois Sanol Dog Protécnica em dezembro de 2011. O nosso conjunto é muito recente e estou bem satisfeito com nosso desempenho. Mas ainda estamos em fase de adaptação e é muito cedo para fazer maiores previsões", garante Zé Roberto, 31 anos, bicampeão do ranking brasileiro senior 2007/2008. Maestro St Lois, um sela francês de 11 anos, saltou os Jogos Equestres Mundiais 2010 e era de propriedade do cavaleiro português João Mota.
Francisco Musa com seu BH Xindoctro Método, vencedor da primeira prova observatória na sexta-feira, acabou não tendo o mesmo rendimento computando, respectivamente, 8 e 13 pontos perdidos. Na contagem geral, somando as etapas de São Paulo e Curitiba, o conjunto vem em 3º lugar com 44 pontos perdidos.
Yuri Mansur com seu QH Vip Camera Hipismo, que defendeu o Brasil na Final da Copa do Mundo 2010/2011, fechou com 23 pontos perdidos na observatória de Curitiba e computa 37 pontos perdidos.
Também saltou a observatória em Curitiba, o jovem talento brasiliense Thiago Rhavy de Sá e Silva com Manege Cabral QH Cliff que perdeu apenas seis pontos na 1ª volta mas na 2ª seu cavalo cansou fechando com 33 pontos. O conjunto não participou da observatória em São Paulo.
Vale ressaltar que a contagem de pontos perdidos não é necessariamente decisiva na escolha de até três conjuntos para se juntar ao grupo europeu na 2ª fase de observatórias visando a formação da equipe brasileira de salto em Londres 2012.
Formação da equipe olímpica de salto
Está agendada no país, mais uma observatória olímpica com duas provas no Concurso de Salto Nacional, Horse Show, de 13 a 15/4, no Rio de Janeiro. Ao final, três conjuntos podem ser selecionados para participação da 2ª fase de observatórias olímpicas no circuito europeu a partir de abril.
Guilherme Jorge, que desenhou os percursos no Pan Rio 2007 e em finais de Copa do Mundo, com Jean Maurice Bonneau, consultor técnico das equipes brasileiras de salto em clique durante a 1ª observatória olímpica em Santo Amaro no início de março; foto: CM
Também na Europa e EUA serão selecionados 7 conjuntos até abril e outros dois podem ser indicados pela comissão selecionadora a qualquer momento para a fase de preparação final e escalação do time brasileiro em Londres 2012. O Brasil garantiu a vaga olímpica com a conquista do 4º posto por equipes nos Jogos Equestres Mundiais 2010 em Kentucky (EUA).