Faltando mil dias para os Jogos Olímpicos Rio 2016, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) segue trabalhando intensamente para colocar o Brasil entre os dez países mais bem colocados no quadro geral de medalhas do evento. Dentro do planejamento estratégico do COB, os primeiros anos deste ciclo olímpico são voltados para a qualificação técnica das equipes brasileiras. O que o COB está fazendo através de três ações básicas: contratação de treinadores, brasileiros ou estrangeiros; desenvolvimento de equipes multidisciplinares; e ações diretas de ciências do esporte na preparação dos atletas. Nos mil dias que faltam para os Jogos Rio 2016, essas ações serão intensificadas ao mesmo tempo em que a delegação brasileira começará a ser formada com base na participação nos Jogos Sul-americanos de 2014 e Pan-americanos de 2015, assim como nos Jogos Olímpicos da Juventude Nanjing 2014.
“Este foi um ano muito bom para o esporte olímpico brasileiro. Em termos de resultados, o melhor ano pós-olímpico do Brasil. Isso não é garantia de medalhas para 2016, mas mostra que estamos no caminho para atingir a meta estipulada pelo COB de terminar os Jogos Olímpicos Rio 2016 entre os 10 primeiros colocados no quadro geral de medalhas”, disse Marcus Vinicius Freire, diretor-executivo de esportes do COB.
O Comitê Olímpico monitora os principais atletas brasileiros, buscando atender, em conjunto com as Confederações Brasileiras Olímpicas, suas principais necessidades em termos de treinamento esportivo. Um dos objetivos principais desse monitoramento é avaliar que etapa o Brasil atingiu no processo de preparação das equipes para 2016, através da comparação de resultados obtidos em campeonatos mundiais ou rankings das federações Internacionais. Até este momento, o Brasil conquistou 25 medalhas nos Campeonatos Mundiais ou competições equivalentes realizadas em 2013. Esse resultado é bem superior aos primeiros anos dos ciclos olímpicos anteriores.
“O COB já vem realizando, entre outras ações, um acompanhamento individualizado com os principais atletas do Brasil, oferecendo o suporte das Ciências do Esporte, tais como fisiologia, psicologia, nutrição, cinemática, biomecânica e fisioterapia, entre outras, além de maior apoio às equipes técnicas dos atletas. Investir nos detalhes vai fazer a diferença”, disse Marcus Vinicius.
Em 2014 o COB vai intensificar o processo de qualificação técnica das equipes brasileiras. Em março, o Brasil disputará os Jogos Sul-americanos de Santiago, no Chile, com cerca de 500 atletas. Muitos destes atletas estarão nos Jogos Olímpicos. Em 2015, será a vez dos Jogos Pan-americanos de Toronto, no Canadá, quando a delegação estará ainda mais próxima daquela que disputará o evento esportivo mais importante da história do Brasil, os Jogos Olímpicos Rio 2016.
Acompanhe as principais ações do COB na preparação da delegação brasileira para os Jogos Olímpicos Rio 2016:
- Contratação e Capacitação de Treinadores:
A participação de treinadores qualificados no processo de preparação de atletas e equipes é condição fundamental para o sucesso de uma campanha em competições como Campeonatos Mundiais, Jogos Olímpicos e Jogos Pan-americanos.
Por essa razão, a valorização dos treinadores, brasileiros ou estrangeiros, tem sido um dos pilares estratégicos do COB neste ciclo olímpico.
O brasileiro Torben Grael (vela), o espanhol Jesús Morlán (canoagem), a japonesa Yuko Fujii (judô) e os técnicos de ginástica artística Alexander Alexandrov (Rússia), Margarita Vatnika e Vladimir Vatkin (Bielorrússia) são contratados diretamente pelo COB, atuando nas equipes olímpicas do Brasil.
Neste momento, são mais de 40 técnicos estrangeiros, de 23 modalidades diferentes, trabalhando com as equipes brasileiras, através de recursos da Lei Agnelo/Piva.
O Instituto Olímpico Brasileiro, por intermédio da Academia Brasileira de Treinadores (ABT), está capacitando um total de 205 treinadores do atletismo, natação, ginástica artística, judô, lutas associadas e taekwondo, a partir de um programa de qualificação voltado para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de atletas do alto rendimento.
- Estágios nacionais e internacionais:
De acordo com o planejamento estratégico de cada modalidade, o COB vem possibilitando a realização de estágios nacionais e internacionais para diversas modalidades, incluindo a realização de campings de treinamento no Brasil e no exterior e a participação em competições estratégicas do calendário internacional.
- Ciências do Esporte:
Desde o ciclo olímpico Londres 2012, o COB vem desenvolvendo, em parceria com universidades brasileiras, testes científicos com atletas e equipes olímpicas, visando à melhora de suas performances. Esse processo está sendo intensificado neste ciclo olímpico.
Através do estudo das necessidades dos atletas/equipes, feito em conjunto com as Confederações Brasileiras Olímpicas, o COB desenvolve projetos customizados, envolvendo diferentes áreas do conhecimento científico, que compreende sete setores: fisiologia, bioquímica, nutrição, psicologia, meteorologia, treinamento esportivo e vídeo análise.
A partir daí, são realizados acompanhamentos de aspectos bioquímicos-nutricionais, ajustes necessários à preparação física, prevenção de lesões e ações fisiológicas de recuperação.
O emprego de instrumentos das ciências do esporte tende a crescer ainda mais, como parte do Plano Estratégico traçado pelo COB.
- Equipamentos esportivos:
O COB tem adquirido equipamentos e materiais esportivos para diversas modalidades, tais como:
- O COB está adquirindo 20 embarcações de vela, sendo dois barcos para cada uma das duas classes do Programa Olímpico da Rio 2016;
- O COB acabou de adquirir dois equipamentos de ‘solo’ para a ginástica artística;
- Dois conjuntos de colchões para salto com vara, cedidos para o treinamento dos principais atletas do Brasil na modalidade.
- Assistência médica-hospitalar:
O COB provê assistência médico-hospitalar da Bradesco Saúde para mais de 700 atletas brasileiros, auxiliando nos cuidados com a saúde, realização de exames clínicos e, consequentemente, contribuindo para o aumento da performance esportiva do atleta.
- Monitoramento e resultados:
O COB desenvolveu um sistema de monitoramento dos principais atletas brasileiros que utiliza 3 parâmetros:
· Resultados em Campeonatos Mundiais ou competições equivalentes;
· Posicionamento dos atletas brasileiros nos rankings internacionais de cada esporte.
· Análise subjetiva da modalidade olímpica, considerando o potencial do atleta brasileiro, seu histórico de resultados, a possibilidade de evolução da modalidade e os diversos cenários internacionais de cada esporte ou disciplina esportiva.
Com esses dados, o COB estabelece estratégias de investimentos visando o aprimoramento e/ou desenvolvimento esportivo de cada esporte, disciplina ou atleta de potencial.
Essa análise gera a Tabela Relativa de Resultados Olímpicos, onde somente são considerados os resultados de provas olímpicas, em campeonatos oficiais, ou seja, reconhecidos pelas Federações Internacionais de cada modalidade e que apresentem um alto nível técnico de participantes e resultados.
- Até este momento, o Brasil conquistou 25 medalhas em provas olímpicas nos Campeonatos Mundiais ou competições equivalentes em 2013, sendo 6 de ouro, 10 de prata e 9 de bronze. Este resultado colocaria o Brasil no Top 10 do quadro geral de medalhas gerado pelo sistema.
- Em termos de resultados, este é o melhor primeiro ano de ciclo olímpico do Brasil. Levando-se em consideração os mesmos requesitos adotados na medição, em 2001 o Brasil conquistou 7 medalhas; em 2005 foram 11; e em 2009 foram 9 conquistas.
- Instituto Olímpico Brasileiro:
O Instituto Olímpico Brasileiro (IOB) é o departamento de Educação do COB para o esporte olímpico. O seu objetivo maior é gerar e difundir conhecimento ao promover uma formação profissional de alta qualidade por meio de programas de capacitação e desenvolvimento.
Principais programas do IOB:
- Fundamentos da Administração Esportiva (FAE)
- Curso de Administração Esportiva (CAE)
- Curso Avançado de Gestão Esportiva (CAGE)
- Curso de Introdução ao Sistema Olímpico (CISO)
- Programa de Aperfeiçoamento de Gestores Esportivos (PAGE)
- Academia Brasileira de Treinadores (ABT)
- Programa de Apoio ao Atleta (PAA)
- Esporte de base:
O COB contribui para o desenvolvimento do esporte de base com a organização anual da etapa nacional dos Jogos Escolares da Juventude, em duas fases: para atletas entre 12 e 14 anos e 15 a 17.
Maior competição estudantil do país, os Jogos Escolares da Juventude já reuniram mais de 12 milhões de crianças nos últimos seis anos.
Só nos Jogos Olímpicos Londres 2012, o Time Brasil contou com 17 atletas que passaram pelos Jogos Escolares. Entre eles Sarah Menezes e Mayra Aguiar, medalhistas no judô em Londres.
A expectativa é que para os Jogos Olímpicos Rio 2016 o número de atletas da delegação brasileira revelados pelos Jogos Escolares da Juventude seja ainda maior.
Fonte: COB