Michael Jung é o homem a ser batido nas Olímpiadas do Rio de Janeiro, no que se refere ao Concurso Completo de Equitação (CCE), primeira modalidade hípica a ter lugar no Complexo Esportivo de Deodoro a partir de sábado, 6/8. Campeão do Mundo, Europeu, Olímpico e da Copa do Mundo aos 34 anos de idade, o cavaleiro alemão com certeza vem com tudo atrás do ouro, mesmo não montando sua primeira opção para os Jogos, Takinou, que pegou uma infecção recentemente. Mas, nem por isso suas suas chances diminuíram, pois Michael vai montar seu companheiro na medalha de ouro em Londres, Sam. O cavalo de 16 anos continua em grande forma, já que venceu este ano os concursos 4 estrelas de Burghley e Badminton.
Foto: Rädlein reprodução facebook
Aliás, a equipe alemã toda vem forte para defender seu título. Junto com Michael vêm ao Rio Ingrid Klimke, Sandra Auffarth, que também participaram da conquista do ouro em Londres 2012, e Andreas Ostholt. Falando em favoritos além da Alemanha, Austrália e Estados Unidos também já ganharam quatro vezes o ouro olímpico por equipes. Canadá, França, Irlanda, Itália, Holanda, Suécia, Rússia, Grã-Bretanha, Nova Zelândia e, claro, Brasil, também trazem equipes pra defender suas cores. Na disputa individual, outros 11 países estão representados.
Participação Brasileira
O Brasil entra em campo com Marcio Carvalho Jorge / Lissy Mac Wayer, Ruy Fonseca / Tom Bombadill Too, Carlos Parro / Summon Up The Blood, Marcio Appel / Iberon Jmen e Nilson Moreira da Silva / Muggle na reserva. A melhor colocação da equipes brasileira foi nos Jogos Sidney 2000, com o 6º posto. No individual, Aécio Marrote e Guapo chegaram à 7ª colocação em 1948, na Inglaterra.
Marcio Jorge, Carlos Parro, Nilson Leite, Marcio Appel e Ruy Fonseca a postos no Rio; foto: CBH
O atual treinador da equipe, o australiano Sir Mark Todd, 60, que também entrará em pista como cavaleiro, está em sua sétima Olimpíada, tendo competido em Seul 1988 e Barcelona 1992 tanto no CCE quanto no Salto. Ele detém ao lado de Michael Plumb, dos EUA, o recorde de medalhas olímpicas na modalidade.
Agenda
6/8 – 10h00 – Adestramento – equipes e individual
7/8 – 10h00 – Adestramento – equipes e individual
8/8 – 10h00 – Cross Country – equipes e individual
9/8 – 10h00 – Salto – equipes e individual
Nomes e Números
- 24 países
- 13 equipes
- 65 conjuntos
- O Zimbabue participa pela primeira vez na modalidade com a atleta britânica naturalizada, Camilla Kruger
- A pontuação total do Adestramento, ou seja, o percentual de acertos, é convertida em pontos de penalidade, pontos perdidos. Assim, o conjunto que fechar com menos pontos, lidera após a primeira prova.
- A prova de cross terá 33 obstáculos, aproximadamente 5.700 quilômetros de extensão a serem percorridos a uma velocidade de 570 metros por minuto, e cerca de 10 minutos de tempo concedido. Para cada 0s25 a mais, o conjunto soma um ponto perdido, e cada refugo acrescenta 20 pontos.
- No Salto, a altura dos obstáculos será de 1,25 metro para equipes, subindo para 1,30 metro na disputa individual. Cada obstáculo derrubado ou refugo acrescenta 4 pontos de penalização, mais um ponto para cada segundo além do tempo concedido.
- Todos os pontos perdidos em cada uma das provas serão somados e vence aquele que tiver menos pontos.
- Após a final das equipes na primeira passagem do salto na manhã de 9/8, os melhores 25 conjuntos retornam à tarde para a final individual, sendo no máximo três de cada país.
- Em Londres 2012, o conjunto sueco Sara Algotsson / Wega derrubou o obstáculo final, perdendo a medalha de ouro individual .
- Desenhador de percurso - Pierre Michelet (França)
- Presidente do júri de campo - Marilyn Payne (EUA)
- Membros - Andrew Bennie (Nova Zelândia), Sandy Phillips (Grã-Bretanha)
- O brasileiro Tomas Wollf é o presidente da Comissão Veterinária
Fonte: FEI - versão CBH