Depois de classificar três cavaleiros para a prova final da competição individual, o Time Brasil de Salto não chegou para a disputa no desempate no Centro Olímpico de Hipismo em Deodoro, nessa sexta-feira, 19, na Rio 2016. Na primeira volta do GP Final, Eduardo Menezes com Quintol cometeu duas faltas, somando oito pontos no ranking e não avançou para a segunda passagem. Doda Miranda montando Cornetto K e Pedro Veniss com Quabri d´Isle fecharam ambos com uma falta na primeira passagem e ficaram entre os Top 27 na corrida pelo pódio.
Doda fez um percurso limpo, fechando a competição com quatro pontos perdidos na 9ª colocação empatado com outros seis conjuntos. Pedro com Quabri cometeu uma falta por excesso de tempo, fechando com cinco pontos na 16ª posição ao lado de dois conjuntos.
Doda e Cornetto K em tomada por Jonne Roriz ; img: Jonne Roriz - COB/Exemplus
Nick Skelton, 58, montando Big Star, da Grã Bretanha, foi o grande campeão da prova, zerando também o desempate. Uma história de superação, uma vez que Skelton chegou a se aposentar após uma queda com fratura no pescoço em 2000 e Big Star, que venceu seu último GP em Aachen 2013, passou dois anos se recuperando de
uma lesão. A dupla foi ouro por equipes em Londres 2012 e essa foi a primeira medalha individual de ouro na modalidade Salto para Grã-Bretanha.
Nick Skelton e Big Star: "two Big Stars" conquistam merecida ouro na Rio 2016; img: FEI - Richard Juilliart
O cavaleiro sueco Peder Fredricson com All In ficou com a medalha de prata e o canadense Eric Lamaze, ouro na Olimpíadas 2008, foi bronze montando Fine Lady 5.
Os medalhistas comemoram no pódio: Skelton, ouro, Fredricson, prata e Lamaze, bronze; img: Arnd Bronkhorst - FEI
O desempenho dos brasileiros
Mais uma vez abrindo a pista para a equipe brasileira, Eduardo montando Quintol, fez duas faltas. O cavaleiro explica que aqueceu o cavalo de forma mais leve antes da prova, mas sentiu que o animal estava em ótima forma física. "Eu subestimei um pouco a quantidade de energia que o meu cavalo ia ter, por ser o último dia de provas, achei que ele pudesse estar mais cansado. Então a minha preparação no aquecimento foi bem leve, mas no final das contas o cavalo respondeu muito bem, com a mesma energia do primeiro dia de prova. Então isso mudou um pouco o plano que eu tinha para a pista. Achei que fosse dar, mas acabei chegando muito embaixo e um obstáculo e não consegui fechar a prova com zero", lamentou Eduardo.
Pedro, veio em seguida, montando Quabri de Lisle. O cavaleiro chegou ao segundo round da disputa, mas com 5 pontos perdidos não foi ao desempate. Pedro se diz satisfeito com o desempenho do Brasil na competição. "A participação do Brasil foi boa, ficamos entre os cinco melhores do mundo na competição mais importante do mundo. Ficamos tristes de não conseguir a medalha por equipe, mas não podemos falar que o resultado foi ruim. Brigamos com as maiores nações do esporte, no final foram detalhes. Mas isso mostra que estamos no caminho", comentou Pedro.
Pedro em ação com Quabri; img: COB
Mais experiente da equipe e dono de duas medalhas olímpicas por equipe, Doda foi o último a entrar na pista, com Cornetto K. Mesmo com o percurso zerado na segunda volta, não houve chance de chegar ao desempate, em que seis conjuntos com duplo zero disputaram as medalhas. "Achei que tivemos mais percursos zerados do que pensamos. Os cavalos estão saltando muito bem, os obstáculos estão chamando a atenção dos cavalos, eles conseguem ler bem a pista, o tempo também pode ter ficado suave. É difícil armar uma Olimpíada, o Guilherme Jorge fez um excelente trabalho. A falta que cometi foi muito leve, difícil conseguir explicar. Mas vamos em frente, agora é pensar na próxima Olimpíada e não parar enquanto a medalha não vier", finaliza Doda.
CBH com MKT Mix Comunicação; fotos: FEI e COB