Ocupando o 5º lugar no pódio por equipe, Brasil segue firme com três representantes na disputa individual na “Copa do Mundo” do cavalo que está acontecendo nos Estados Unidos.
Cavaleiros experientes, a maioria radicada nos Estados Unidos, preparação ao longo de quatro anos e contando com equipe de apoio qualificada rendeu ao Time Brasil de Rédeas o 5º lugar no pódio do maior e mais importante evento mundial de esportes com cavalos que começou no dia 11/9 e segue até o dia 23 no Tryon International Equestrian Center, em Mill Spring, na Carolina do Norte, EUA.
A primeira qualificativa para o pódio individual e prova definitiva para o pódio por equipe foi realizada no dia 12/9 reunindo os tops mundiais de Rédeas de 12 países. Rédeas é a única modalidade “western” regida pela Federação Equestre Internacional (FEI), entidade organizadora dos Jogos.
Thiago Boechat com SG Frozen Enterpriz foi o melhor resultado da equipe que garantiu um inédito 5º lugar em Tryon 2018; img: Luis Ruas
O Brasil chegou ao 5º lugar brigando, ponto a ponto com a Áustria, 4ª colocada, e Alemanha, medalha de bronze, entre um total de 12 equipes. O Time Brasil atingiu 664.5 pontos na soma dos resultados dos conjuntos (cavalo/cavaleiro): Thiago Boechat/SG Frozen Enterpriz, João Felipe Lacerda/Gunner Dun It Again e Franco Bertolani/Wimpys Little Colonel. A medalha de ouro ficou com os Estados Unidos - país onde se originou o esporte – que somaram 681.0 pontos. A Bélgica amealhou a prata com 671.5 pontos, enquanto o bronze ficou com a Alemanha (666.5).
Equipe brasileira de rédeas nos bastidores dos Jogos; img: Valdir Araújo
Pelas notas obtidas na primeira qualificatória, carimbaram passaporte para a final individual que acontece na noite de sábado (15), Thiago Boechat, João Felipe Lacerda e Roberto Jou montando F5 Licurgo Tapajós, conjunto que não competiu como time, mas defende o Brasil apenas no individual.
Roberto Jou com F5 Licurgo Tapajós em flash de arquivo por Clóvis Prates
Outros dois cavaleiros integraram a equipe, mas não conseguiram qualificação para a final individual. Marcelo Almeida montando Mahogany Whiz alcançou 216.0 na primeira qualificatória, mas a nota foi descartada. Já Franco Bertolani que montando Wimpys Little Colonel registrou 220.5 pontos na primeira fase, voltou a competir na repescagem nesta quinta-feira, 13, mas novamente não atingiu nota suficiente para seguir na disputa.
Torcida brasileira a postos em Tryon 2018; img: Luis Ruas
Os destaques do time
Nas notas individuais, o melhor resultado foi de Thiago Boechat (222,5 pontos). Capixaba que reside em Purcell, no estado americano de Oklahoma, Boechat estreou como cavaleiro em Jogos Equestres Mundiais em Tryon, mas traz experiência em outras edições dos Jogos exercendo outras funções: foi chefe de equipe na estreia da modalidade no WEG 2002 em Jerez de la Frontera, na Espanha, e integrante do juri nos Jogos Equestres Mundiais 2010, no Kentucky, EUA.
A segunda maior nota foi de João Felipe Lacerda com Gunner Dun It Again (221,5), paulistano que reside em Maringá (PR) e que já participou de outras duas edições dos Jogos: Aachen 2006 e Kentucky 2010.
João Felipe Lacerda com Gunner Dun It Again em registro de arquivo; img: Foto Perigo
A terceira melhor nota foi do estreante nos Jogos, Roberto Jou Inchaust (221.0) que montou F5 Licurgo Tapajós, único cavalo da raça Crioula na equipe, uma que osdemais competem com animais Quarto de Milha. Gaúcho de Porto Alegre e residindo em Eldorado do Sul, Roberto Jou soma conquistas no Brasil e é o treinador de personagens como o campeão de MMA Rodrigo Minotauro.
Com direito a torcida animada na arquibancada, Francisco Moura, presidente da Associação Nacional do Cavalo de Rédeas (ANCR) elogiou os atletas. “Muito emocionante ver nosso time estar entre os melhores do mundo. Até o final disputamos com a Alemanha e a Áustria (4ª colocada) pela tão sonhada medalha. Não foi desta vez, mas o 5º lugar nos dá muito orgulho, e ainda tem a disputa individual”, comemora Moura, já prometendo começar a trabalhar para os Jogos de 2022.
O Brasil em Jogos Equestres Mundiais
Rédeas passou a integrar os Jogos em Jerez de La Frontera 2002, na Espanha. Tryon é a quinta edição com participação da modalidade, e em todas o Brasil foi representado.
Na estreia, a equipe ficou em 6º lugar, e o melhor resultado foi o 9º lugar de Alexandre Lhamas Ramos/Pocodo Andy. Em Aachen 2006, a equipe ficou em 8º lugar e João Felipe Lacerda/Little Man Olena obteve a melhor classificação individual, 15º lugar. Em Kentucky 2010, a equipe ficou em 7º lugar e o melhor resultado individual foi o 14º lugar de Wellington Jesus Teixeira montando o Crioulo SJ Rodopio. Na Normandia, França, em 2014, o Brasil voltou a ficar em 7º lugar por equipe e o melhor resultado individual foi de Paulo Koury Neto/Dont Whiz WRB em 13º lugar.
Imprensa CBH Rute Araujo e Carola May com coloboração Jequitibá Comunicação; fotos: Luis Ruas, Valdir Araújo, Clóvis Prates e Foto Perigo