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Parceria e sintonia – entre o cavalo e seu cavaleiro – são condição imprescindível no hipismo. Costuma-se dizer que 70% do resultado depende do cavalo e outros 30% do cavaleiro. Sem dúvida a qualidade do animal aliada a expertise do cavaleiro se refletem nos desde a base até o mais alto rendimento. Para o cavaleiro Yuri Mansur, 41, integrante do Time Brasil de Salto em diversas Copas das Nações e Jogos Equestres Mundiais 2014 e 2018, a égua Babylotte é uma das grandes responsáveis pelos pontos altos de sua carreira.

Foi com Babylotte, uma sela holandesa filha de Dollar du Murier em Ulotte hoje com 14 anos, que Yuri foi campeão do GP CSIO5* de Hickstead em 2017 e integrou a equipe que conquistou a inédita medalha de ouro na Copa das Nações no mesmo ano do centenário concurso irlandês. Ainda em 2017, Yuri e Babylotte integraram a equipe medalha de prata na Copa das Nações no CSIO5* de Calgary, no Canadá.

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Yuri e Babylotte a caminho do título no GP do 109º CSIO5* de Hickstead em 2017; img: divulgação Hickstead 

Em 2017, Babylotte e Yuri disputaram nada menos que 52 provas internacionais com importantes classificações, incluindo GPs World Cup e Copas das Nações. No ano seguinte, Babylotte acabou sofrendo uma lesão no tendão e entre idas e vindas disputou 19 provas em 2018, apenas cinco em 2019 e estava em plena forma na retomada das competições em 2020.

Em 23 de julho, Yuri e Babylotte fizeram um belo percurso a 1.45 metro, válido como esquenta para o GP no Concurso Internacional 3* em Lier, na Bélgica. Terminou bem, mas no mesmo dia apresentou forte dor em dos seus anteriores onde já havia sofrido uma lesão no tendão. Mediante a situação, Yuri decidiu pela aposentadora de sua égua postando um emocionado post em sua rede social.

“Depois de dois anos e meio de muita luta e esforços, parecia que havíamos vencido a batalha. A Babylotte retornou às pistas e como sempre lutou pelo zero. Mas depois do percurso, em que ela saltou tão bem, saiu da pista sentido muita dor e infelizmente o pior havia acontecido: uma nova lesão no mesmo tendão. Eu teria amado terminar sua carreira com um resultado melhor, mas infelizmente não foi possível”, destacou Yuri.

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Yuri e Babylotte: parceria de 5 anos em competições e por toda vida; img: cedida pelo cavaleiro 

“Apesar da dor, eu sei que ela e toda nossa equipe lutaram muito para que retornasse às pistas. Agora ela se aposenta e, com certeza, terá maravilhosos e talentos bebês. Quero agradecer a todos que estiveram conosco por mais de cinco anos e nos ajudaram a realizar meus sonhos”, acrescentou o cavaleiro. “Se a minha carreira terminasse hoje eu estaria muito feliz. Obrigado Baby por Hickstead, Calgary e todas as participações em GPs 5* e ainda por ter figurado entre os 12 melhores conjuntos do mundo. Mas, principalmente, em ter tornado os meus dias mais felizes nos últimos cinco anos, me ensinado tanto e por me mostrar que sonhos se realizam!”

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