Após dois finais de semana de festa e 15 provas, entre elas seletivas para a Copa do Mundo e a Liga Sul-Americana em 2022, a Sociedade Hípica Brasileira encerrou as comemorações de seus 83 anos de existência. Sob o Cristo Redentor e de frente para a Lagoa Rodrigo de Freitas na cidade maravilhosa, a hípica é uma das mais antigas do país. Neste domingo, 28, o tradicional Troféu Perpétuo Roberto Marinho foi a última disputa, consagrando Luiz Felipe Pimenta Alves/Akron JMen o grande campeão.
Luiz Felipe Pimenta e Akron JMen no tradicional muro dos Arcos da Lapa
Na disputa mais aguardada do evento, 37 conjuntos realizaram o percurso inicial, dos quais 12 retornaram para a segunda volta. Na liderança da prova o conjunto favorito Stephan Barcha e Primavera Montana, mais uma vez zerados, seguidos por Raphael Machado Leite e Filou Império Egípcio também com zero pontos. Apenas três conjuntos, no entanto, terminaram a segunda passagem com percurso limpo: Luiz Felipe Pimenta Alves e Akron Jmen, que traziam 4 pontos da sua primeira passagem e fizeram o melhor tempo na segunda, seguidos por José Roberto Reynoso Fernandez Filho e Azrael W, que buscavam o bicampeonato. Em terceiro, Daniel Cesar Maranhão Khury e Euclides Metodo, cavaleiro que vem na liderança da Liga Sul-Americana para a Copa do Mundo de 2022.
Premiação do GP Troféu Perpétuo Roberto Marinho
1º - Luiz Felipe Pimenta Alves e Akron JMen
2º - José Roberto Reynoso Fernandez Filho e Azrael W
3º - Daniel Cesar Maranhão Khury e Euclides Metodo
4º - Sergio Marins e Cornet Super Star
5º - Ivo Roza Filho e Enjoy da Cabana
6º - Juliano Loureiro Carlos e WS Kandanora Z
Em entrevista ao Sportv, logo após o final da prova, Luiz Felipe comemorou a conquista. “Montei um cavalo que acabei de estrear em um Grande Prêmio. Estou muito feliz pelo meu resultado, muito satisfeito. Nosso esporte envolve muita coisa, construção, reconstrução e ganhar um Grande Prêmio é muito importante. Hoje foi o meu dia”, comenta o campeão.
Luiz Felipe Pimenta Alves e Akron JMen sagram-se campeões do GP Troféu Perpétuo Roberto Marinho
Na noite anterior, 27, o Clássico armado por Rafael Ferrarez e com chamada a 1.45m, teve 46 conjuntos disputando. Desses, foram 36 os que terminaram a pista e apenas 2 deles passaram a bandeirola final com percurso zerado. Cumprindo com o altíssimo nível técnico exigido pelo armador, Mariana Cassetari foi a primeira a ouvir a música de liderança ao zerar com Ana Carol Ipiranga. Quase no fim da prova, que seguia com a liderança isolada da amazona, Rodrigo Sarmento garantiu a realização do desempate levando a égua Daughter Of Cool 2S GMS ao zero pontos.
Mariana e Ana Carol Ipiranga, primeira e quase única a zerar o Clássico
No desempate, ambos os conjuntos cometeram uma falta, mas a amazona Mariana Cassetari realizou o traçado no menor tempo e levou a vitória do difícil Clássico que encerrou as disputas na Sociedade Hípica Brasileira na noite de sábado. No pódio, três cavaleiros terminaram com apenas 1 ponto perdido, entre eles o cavaleiro da casa Tiago Mesquita conduzindo Caron JMen.
Rodrigo Sarmento e Daughter Of Cool 2S GMS, segundo conjunto a zerar
1º - Mariana Cassetari e Ana Carol Ipiranga
2º - Rodrigo Sarmento e Daughter Of Cool 2S GMS
3º - José Roberto Reynoso Fernandez Filho e Cornet Dor JMen
4º - Tiago Mesquita e Caron JMen
5º - Raphael Montesano Mari e Henso
6º - André Fonseca Moura e Henessy M
Tiago Mesquita, cavaleiro anfitrião, seguido dos atletas da base que também emplacaram
O Clássico valeu o primeiro Troféu Rodolpho Luiz Figueira de Mello, uma homenagem prestada ao cavaleiro que faleceu em maio deste ano. Figura carismática e querida, o "Dô", como era conhecido no clube, presidiu a Federação Equestre do Estado do Rio de Janeiro por dois mandatos que deixaram notável legado para o hipismo carioca e brasileiro. Criador dos Jogos Equestres Fluminenses, com sua primeira edição em 2012 na Sociedade Hípica Brasileira, foi capaz de reunir pela primeira vez quatro modalidades em um só evento no Brasil: salto, adestramento, enduro e rédeas.
“A Federação Equestre do Estado Rio de Janeiro gostaria de agradecer a presença de todos e a Sociedade Hípica Brasileira que apoiou a homenagem ao nosso querido amigo, cavaleiro e ex-presidente da FEERJ. Estamos orgulhosos de homenagear o Dô, instituindo o troféu Rodolpho Luiz Figueira de Mello. O Dô era amigo, gentil, educado, dono de um sorriso acolhedor e talvez seu apelido fosse esse exatamente porque ele era uma pessoa doce. Como cavaleiro subiu aos pódios, cresceu dedicado ao hipismo e aos amigos, e foi sempre atuante e presente apesar de discreto e reservado com sua família (…) Era um lord na arte de gerir! Lutou incessantemente, sem nunca perder a simpatia, e está vivo em nossas melhores lembranças”, descreveu Alejandra Fernandez, atual presidente da FEERJ que trabalhou com Rodolpho em gestões anteriores.
A família Figueira de Mello entregando a premiação à amazona que conquistou o primeiro Troféu Rodolpho Luiz Figueira de Mello.
Confira os resultados completos e os percursos dos campeões.
Fotos: 2clac - Gabriela Lutz
Troféu Perpétuo Roberto Marinho
1988 - Fábio Leivas da Costa
1989 - Maj. Cláudio Guedes
1990 - Fábio Leivas da Costa
1991 - Victor Teixeira
1992 - Luiz Ciampi
1993 - Elizabeth Asser
1994 - Luciano Blessmann
1995 - Luiz Francisco de Azevedo
1996 - Álvaro Neto
1997 - João Aragão
1998 - Bernardo Alves
1999 - Pedro Lacerda
2000 - Victor Teixeira
2001 - Rodrigo Lima
2002 - Rodrigo Lima
2003 - Camila Benedicto
2004 - Rodrigo Sarmento
2005 - João Eduardo de Carvalho
2006 - André Miranda
2007 - Loisse Garcia Padron
2008 - Felipe Amaral
2009 - Karina Johannpeter
2010 - Luiz Felipe de Azevedo Filho
2011 - Luiz Francisco de Azevedo
2012 - Rodrigo Sarmento
2013 - Giulia Dal Canton Scampini
2014 - Francisco Musa
2015 - Pedro Paulo Lacerda
2016 - Fábio Sarti
2017 - Rafael Rodriguez
2018 - Lúcio Osório
2019 - Marcello Ciavaglia
2020 - José Roberto Reynoso Fernandez Filho
2021 - Luiz Felipe Pimenta Alves
Troféu Rodolpho Luiz Figueira de Mello
2021 - Mariana Cassetari