A participação do brasileiro Pedro Marino na Copa Sul-americana de Enduro Equestre, realizada entre os dias 3 e 5 de dezembro, em Punta Del Este, no Uruguai, rendeu medalhas de ouro e bronze para o Brasil. Promovido pela Associón Uruguay de Enduro Ecuestre, o evento contou com a participação de conjuntos da Argentina, Brasil, Chile, Equador e México, além do país sede.
De acordo com o integrante da Comissão de Enduro da CBH, José Carlos Vaz Guimarães, “esta união dos países sul-americanos vem em ótimo momento, já que algumas regras de qualificação FEI são difíceis de realizar na América do Sul”.
Brasil com ouro nos 160km e bronze nos 120km com participação do cavaleiro
Pedro Marino no Uruguai (img: Santiago Faux de @fauxenduranfotografia)
No sábado (3), montando Conan D Jok Trio, estreante na categoria, Marino conquistou a medalha de Bronze na categoria 120km*, com velocidade média de 21.91 km/h, atrás da uruguaia Sofia Bongoll com Perna Negra, que ficaram com o ouro a 23.03km/h de média e do colombiano Pablo Xavier Vintimilla com Baraka Muril, a 22.44km/h, que chegou em segundo. Ao todo, 21 conjuntos largaram na disputa.
No domingo (4), Pedro Marino foi campeão da prova CEI3* 160 km, a mais alta categoria do esporte. Montando Al Saida Larzac, foi o único conjunto a completar a prova, com velocidade média de 18.33 km/h e tempos de recuperação cardíaca muito bons, sendo somente o último anel acima de 2 minutos, levando 3:34 para entrar no vet check.
O cavaleiro, que já representou o Brasil em diversas provas internacionais e mundiais, acredita que “a iniciativa de reunir os países sul americanos é muito bacana, principalmente para podermos nos comparar com outros conjuntos além dos brasileiros. Assim quando formos para fora o susto é menor. É um projeto que tem muito a agregar ao enduro brasileiro, eu espero que a minha vinda cause alguma curiosidade para que mais gente venha nas próximas provas”.
Pedro Marino ainda comentou sobre as provas. “A trilha é bem plana. Sábado estava mais quente, mas como nossos cavalos estão acostumados com este clima difícil não foi um problema. E eu gostei bastante do desempenho dos cavalos: o Conan é um cavalo de 7 anos, estreando no 120km e ficou em terceiro lugar. E a Al Saida fez o que estava combinado: fazer a prova com cabeça e profissionalismo, com velocidade média de 18 km/h. E deu tudo certo! Nossos próximos objetivos agora são Verona, na Itália, para o Mundial de Enduro 2022, e Vic, na Espanha, para o Mundial de Cavalos Novos 2022”, conta.
Agora, as duas montarias utilizadas pelo cavaleiro seguem para a Europa, onde participarão de uma série de competições. Em entrevista à revista Horse, o veterinário do Time Brasil de Enduro, Henrique Garcia, disse que as provas do Uruguai foram estratégicas, uma vez que naquele país é cumprido o período de quarentena para os equinos que vão para a Europa. “Al Saida Larzac é uma das opções do Pedro para o Mundial, já está qualificada. Essa competição foi legal para ver que os cavalos brasileiros são tops, pois o nível das corridas é alto. A gente sempre sai e obtém bons resultados. Mostrou que estamos no caminho certo de genética, treinamento, em todos os aspectos”, destaca o veterinário.