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No último 7 de setembro, o Brasil esteve presente nas trilhas do Mundial de Enduro 2024 - 160 km para Adultos em seis anéis - em Monpazier, na França. Ao final, o melhor resultado do Time Brasil foi de Felipe de Azevedo Morgulis conduzindo Al Saida Larzac que cruzou a linha de chegada na importante 8ª colocação entre um total de 118 competidores. Com esse resultado, Felipe, 37, repetiu sua colocação do Mundial de 2021, na Itália, então montando Saiph Sbv.

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Felipe de Morgulis e pequena gigante, Al Saida Larzac, égua árabe de apenas 1.45m, na reta de chegada do Mundial 2024; imagem FEI 

Cavalos e atletas largaram às 5h30 da manhã, em meio a condições climáticas adversas com fortes chuvas e trovoadas. Com lanternas de cabeça, os competidores percorreram o primeiro anel lentamente. As condições meteorológicas tornaram a trilha ainda mais desafiadora em alguns trechos com terrenos difíceis, porém o sol apareceu mais tarde, iluminando a paisagem pitoresca em Monpazier.

Dos 118 a postos, 45 cruzaram o 6º anel e, mais uma vez, foram aprovados na última inspeção veterinária. O premiado cavaleiro brasileiro André Vidiz, montando Blue Jeans Endurance, também concluiu o difícil Mundial na 42ª colocação. Renato Salvador, com Uzes Trio, deixou a competição no 5º anel e Monica Graciano, montando La Tache D´Jok Trio, no vet check do 3º anel, decisão que foi controversa. Acompanharam o Time Brasil o chefe de equipe Rodrigo Martins e o veterinário Dr. Henrique Garcia.

"Duas corridas diferentes, duas éguas diferentes, definitivamente climas diferentes e, três anos depois, estamos novamente entre os 10 melhores do Mundial de Enduro", destacou Felipe Morgulis, 37, em sua rede social. "A Saida Larzac é a faísca que incendeia a casa, mesmo sob a chuva e muita lama. Foi uma combinação incomum de um cavaleiro alto e talvez o menor cavalo da competição, 1,45 m", pontuou Felipe, referindo-se à altura da égua Saida Larzac, árabe de 14 anos, filha fde Said Lotois em Babilonia, de propriedade do Haras Bom Viver. "No entanto, a qualidade não vem do tamanho, vem do coração e nisso ninguém pode superar Al Saida", completou o endurista brasileiro, atual nº 68 do ranking mundial (colocação que ainda não contempla a posição no Mundial).

"Agradeço ao Pedro Marino pela confiança e parceria em todos os passos que nos trouxeram até aqui. É nos momentos desafiadores que podemos enxergar o melhor de cada um. Com o suporte do Dr. Henrique Garcia, que compartilhou todo seu conhecimento sobre a Al Saida e sempre colaborou com qualquer necessidade e ideia", emendou o endurista, que também agradeceu ao time esportivo SG Endurance e Haras Bom Viver. "Esse é o nosso segundo Mundial juntos e nossa segunda classificação entre os top 10, um resultado que eu nunca antes sonhei. Eu fui o único cavaleiro amador (não profissional) entre os top 10 e isso só é possível graças ao trabalho da melhor equipe (...). Um muito obrigado especial também a Emiliano Serioli, que é muito mais que o melhor ferrador, mas um verdadeiro homem do cavalo, que me guiou antes e depois da competição. "Finalmente, meu muito obrigado a todo o time de apoio (...) durante a corrida e à equipe brasileira - Haras Endurance, Monica Graciano e Haras Trio - por mantermos a cabeça erguida e, de competição em competição, aumentarmos nossa ambição", destacou Felipe, agora duas vezes top 8 do mundo.

"Cada um dos envolvidos - e são muitos - fez o seu melhor. O Brasil é respeitado pelos concorrentes, fizemos muito mais certo do que errado e ficamos com o gosto de que poderíamos estar no pódio. Parabéns a todos, fico muito orgulhoso desses 35 anos de enduro no Brasil. Fomos longe, e realmente somos uma força. É verdade que podemos mais. Mas fomos muito grandes!", destacou Leo Steinbruch, titular do Haras Endurance e um dos grandes pioneiros da modalidade no país, na rede social dos amigos do enduro brasileiro.

O Sheikh Nasser Bin Hamad Al Khalifa, do Bahrein, defendeu triunfantemente seu título de Campeão Mundial de Endurance da FEI 2023 nos Emirados Árabes, conquistando a medalha de ouro individual com Everest la Marjorie. A França conquistou o ouro por equipes diante de uma entusiasmada torcida em Monpazier, defendendo seu título. China e Malásia completaram o pódio por equipes com as medalhas de prata e bronze, respectivamente.

Trabalharam no Mundial 2024, os brasileiros Elizabeth van Schelle, presidente do júri, e o dr Guilherme Santos, membro da comissão veterinária. 

Em 2025, o Brasil será palco do Pan-americano de Enduro, que acontecerá no Haras Albar, centro modelo da modalidade em Campinas, no interior paulista, nos dias 17 e 18 de julho.

Imprensa CBH com informações FEI, Felipe Morgulis e Diretoria de Enduro CBH

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