Excelente forma física dos cavalos brasileiros e união das equipes brasileiras foram unanimidade . “Essa é uma imagem exemplar que Brasil deixa para os enduristas”, destacou o chefe de equipe Guilherme Santos, veterinário FEI4*.
Em 24/11, as trilhas na região de Llay Llay no Chile, entre Santiago e Valparaíso, foram palco do Pan-americano de Enduro 2023 para as categorias de Young Riders (14 a 21 anos) e Adultos (acima de 21 anos), o primeiro continental da modalidade após quatro anos. Na disputa dos Adultos, além do Brasil, estiveram a postos representantes da Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, México, EUA e Uruguai. Já na categoria Young Riders concorreram representantes do Brasil, Argentina, Chile e Equador. Ambas as categorias foram disputadas em uma trilha de 120 km em quatro anéis com os Adultos largando às 6h30 da manhã e Young Riders, às 7h00.
O Brasil sempre forte candidato ao pódio garantiu ouro por equipes na categoria Young Riders com Diogo de Oliveira Martins com CP Latifa, Helena Haaland e Valente HEB, Rodrigo Storani Saliba apresentando Miranda Rach e Artur Machado Ulsenheimer com Mojito HSSK. No individual foram bronze: Diogo de Oliveira Martins conduzindo CP Latifa, na categoria Young Riders, e José Caio Frisoni Vaz Guimarães montando Stud Brasil Itajara, na Adultos.
Comemoração no pódio da categoria Young Riders com ouro para Time Brasil; img: Marina Pedroso
Dr. Guilherme Santos foi o chefe de equipe, e Dr. Henrique Garcia, o veterinário. Marcelo Ulsenheimer, diretor de Enduro CBH, também acompanhou de perto a competição. “O clima de união entre atletas e membros do time de apoio fez toda diferença, foi realmente muito bacana, inclusive na avaliação dos competidores mais experientes”, enfatizou Ulsenheimer.
Equipes brasileiras de Enduro Young Riders e Adultos e todo staff de apoio em solo chileno
A disputa
O ouro da categoria Young Riders veio graças a muita união e espírito de equipe, além é claro de excelente preparo dos conjuntos. Ainda no primeiro anel houve um contratempo com uma queda de Artur Machado Ulsenheimer. Com isso, conforme a regra, sem a possibilidade de um descarte, os outros três conjuntos precisavam necessariamente terminar a competição para brigar pelo pódio.
O time completo da categoria Young Riders no 1º anel; img: Ricardo Saliba
Dito e feito. Diogo conduzindo CP Latifa conquistou bronze individual com chegada às 15h58min03s e velocidade média de 18,15 km/h, e faturou ouro por equipes ao lado Rodrigo com Miranda Rach, 4º, e Helena com Valente HEF, 5º, e Artur Ulsenheimer, que passa bem e já está de volta aos estudos nos EUA.
Diogo e CP Latifa a caminho do bronze no Pan-americano Young Riders; img: Marina Pedroso
Rodrigo Saliba, que em 2023 foi 5º no Mundial de Young Riders, com Miranda Rach na reta de chegada
De quebra, Valente HEB, montaria de Helena, ainda levou o prêmio de Best Condition (melhor condição física), uma avaliação física e metabólica após uma hora da chegada, a cargo dois veterinários e um juiz.
Helena, 5º colocada, com o troféu Best Condition de Valent HEB, ao lado, do medalhista de bronze Diogo
Na categoria Adultos, José Caio Frisoni Guimarães, 23, fez valer toda sua experiência internacional, e com Stud Brasil Itajara faturou bronze com chegada às 14h45min54s e média de 20,3 km/h.
José Caio e Stud Brasil Itajara: bronze na categoria Senior no Pan de Enduro; img: Francisco Boetsch Tagle
O 2º melhor resultado individual dos Adultos ficou por conta da sempre competitiva amazona Ana Carla Maciel com Piva Endurance, que finalizou sua trilha em 10º lugar. Thiago Freitas Martins com Sabino BV chegou perto da final, mas acabou deixando a competição no vetchek antes do quarto e último anel. Caso Thiago, que vinha em 2º lugar na final 3º anel, tivesse terminado, o Brasil também brigaria pelo ouro por equipes. O quarto integrante da equipe Adultos João Pedro Bornia Antocheski com Mars Endurance deixou a competição no segundo anel.
Ana Maciel e Piva Endurance; img: Marina Pedroso
Bem-estar e planejamento
Vale sempre lembrar que os vetchecks visam preservar a saúde e o bem-estar dos cavalos. O chefe de equipe Guilherme Santos, veterinário FEI4*, juiz e treinador internacional, destacou a excelente forma de todos os cavalos dos brasileiros que chegaram solo nacional nessa terça, 28/11.
"Posso dizer, com tranquilidade, que os nossos cavalos chamaram atenção de todos pelo excelente estado físico. Essa é uma imagem exemplar que Brasil deixa para o enduristas. O esporte educa e, acima de tudo, é preciso competir com respeito ao cavalo", resumiu dr. Guilherme, que também coordena o programa de intercâmbio dos Young Riders. "Em 2022 competimos com uma equipe de Young Riders em Castelsagrat na França, depois os franceses vieram para competir no Brasil no Haras Albar. Esse ano, devido aos custos, priorizamos o Pan-americano, mas em 2024 já estamos planejando um novo intercâmbio na França”, completou o dirigente.
Anfitriões no pódio - O ouro e prata individual na série adultos foi do Chile com Martin Lazo Garcia montando SI Quilliche e Lukas Bukel com Chella Angostura. O time Adulto do Chile também garantiu ouro. Na série Young Riders também teve dobradinha chilena com Vicente Larrain Arjona e HF Eva, ouro, e Amelia Larraín montando HC Tia Haydee, prata.
Comemoração no pódio da categoria Adultos com o medalhista de bronze Caio Frisoni Guimarães, bronze, e à direita a brasileira Elisabeth van Schelle, presidente do júri; img: Marina Pedroso
Medalhistas individuais da categoria Young Riders com o Brasil muito bem pelo representado por Diogo de Oliveira Martins, bronze; img: Marina Pedroso
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CBH com fotos: Marina Pedroso, Francisco Tagle e cedidas
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