O cavaleiro de adestramento top brasileiro Rodolpho Riskalla garantiu bons resultados no Concurso de Adestramento Internacional 3* e 2* Le Mans, parte da programação do Boulerie Jump/ Pole Europeen du Cheval, entre 8 e 10/2, na França. Essa foi a primeira apresentação de Rodolpho montando Don Henrico, após a conquista de duas medalhas de prata individuais no Adestramento Paraequestre nos Jogos Equestres Mundiais 2018 nos EUA, melhor resultado do Brasil dentre todas as modalidades na competição.
Rodolpho, 34, compete com sucesso no Adestramento Paraequestre e Clássico, inclusive, consta entre os conjuntos observados para formação do Time Brasil nos Jogos Pan-americanos 2019 em Lima, no Peru, onde o Brasil também brigada por uma vaga em Toquio 2020.
Abrindo a competição de Adestramento Clássico Internacional em Le Mans, em 8/2, Rodolpho com seu Don Enrico foi 7º na reprise St Georges, totalizando 67.618%. Já no sábado, 9/2, a dupla garantiu a 4ª colocação na Intermediate I com 67.235 %, e finalmente nesse domingo, 10, honrou as cores do Brasil com o 5º posto no Freestyle Inter I, 68.533 %. Participaram da disputa, 14 conjuntos provenientes da França, Grã Bretanha, Holanda, Irlanda, Bélgica e Brasil.
Rodolpho com Don Henrico honrando as cores do Brasil no CDI2* de Le Mans
"O cavalo foi super bem, eu estava sem fazer prova com ele desde o Mundial, então foi bom para a gente se preparar para temporada. Na St Georges, ele tava um pouquinho tenso e eu tive uns errinhos no galope, mas classificamos mesmo assim. Na Inter I fomos muito bem e nesse domingo, no Freestyle, senti o Don Henrico um pouco cansado e acabamos cometendo uns erros meio bobos. No geral foi muito bom, éramos 14 concorrentes com cavalos bem competitivos", analisa Rodolpho, que já tem sua próxima competição agendada. "Daqui a um mês vou competir em uma prova Paraequestre em Doha no Catar, a convite da organização."
Incrível trajetória de superação
O cavaleiro praticava Adestramento Clássico desde os oito anos. Bicampeão Sul-americano, tricampeão Brasileiro e único atleta do país em uma F.E.I. World Breeding Dressage Championships for Young Horses (2013), Riskalla sonhava em integrar a equipe brasileira nos Jogos do Rio 2016. Conseguiu, mas na Paralimpíada, em uma historia de coragem e superação.
Em 2015 Riskalla estava estabelecido em Paris e duas semanas após uma vinda ao Brasil devido ao falecimento de seu pai contraiu meningite bacteriana. A luta pela vida foi intensa, inicialmente fazendo tratamento em São Paulo e depois em Paris, onde teve que amputar a parte inferior das duas pernas, a mão direita e parte dos dedos da mão esquerda. A enfermidade não o abateu e apaixonado por cavalos e o Adestramento reaprender a andar e voltou a montar, menos de um ano após ter contraído a doença começou sua trajetória de superação e conquistas, primeiramente integrando o Time Brasil Paraquestre na Rio 2016.
Rodolpho mora em Paris, onde trabalha na Dior e treina com sua mãe Rosangele Riskalla, com todo o apoio de sua irmã a amazona Victoria Riskalla. Já seu cavalo Don Henrico foi cedido pela amazona olímpica alemã Ann Kathrin Linsenhof.
Imprensa CBH Carola May ; imagem oficial concurso
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