Paraequestre

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ID CBH 4

Em 12/12, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) promoveu o Prêmio Paralímpicos 2018 para os melhores do ano em 24 modalidades, pela primeira vez, no Centro Brasileiro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Participaram do processo de escolha a diretoria técnica do CPB, após indicação das respectivas confederações.

No Adestramento Paraequestre o vencedor foi o cavaleiro Rodolpho Riskalla, que conquistou duas medalhas de prata no Grau III nos Jogos Equestres Mundiais 2018, em Tryon (EUA). Também foram premiados campeões mundiais da temporada como Lauro Chaman (ciclismo), Ricardinho Alves (futebol de 5), Leomon Moreno (goalball), Igor Tofalini (canoagem) e Diana Barcelos e Jairo Klug (remo). Petrúcio Ferreira (atletismo) e Daniel Dias (natação) estabeleceram novos recordes mundiais em suas respectivas especialidades.

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Rodolpho Riskalla em noite de premiação do Comitê Paralímpico Brasileiro com Ronaldo Bittencourt Filho, presidente da CBH 

O Prêmio Paralímpicos manteve todas as categorias premiadas nos anos anteriores, incluindo os já tradicionais Prêmio Aldo Miccolis (um dos pioneiros do esporte adaptado no Brasil), que homenageia pessoas que dedicaram sua vida ao esporte paralímpico, o Prêmio Personalidade Paralímpica, para quem contribuiu para o Movimento na temporada, além das premiações dos técnicos de modalidades individuais e coletivas e clubes.Ricardinho, do futebol de cinco (para deficientes visuais), e Alana Maldonado, do judô, foram eleitos os atletas paralímpicos do ano.

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Rodolpho com Marcela Parsons, diretora Paraequestre da CBH, e Ronaldo Bittencourt Filho

Hipismo - Rodolpho Riskalla (São Paulo)

Classe: III

Rodolpho era cavaleiro do hipismo convencional desde os oito anos, com passagens pela Seleção Brasileira. Em 2015, adquiriu meningite bacteriana e sofreu amputação tibial das duas pernas, mão direita e dedos da mão esquerda. Em 2018, assumiu a primeira posição no ranking mundial de adestramento, no grau IV, após conquistar duas medalhas de prata nos Jogos Equestres Mundiais nos Estados Unidos.

Atletismo - Petrúcio Ferreira (Paraíba)

Classe: T47

Aos dois anos, Petrúcio sofreu um acidente com uma máquina de moer capim e perdeu parte do braço esquerdo. Gostava de jogar futsal. A velocidade do atleta chamou a atenção de um treinador. Em 2018, se manteve no auge e bateu os recordes mundiais dos 100m e 200m, além de vencer todas as provas em que competiu.

Basquete em CR - Marcos Sanchez (Minas Gerais)

Classe: 3.0

Marcos foi atropelado aos 11 anos e teve as duas pernas amputadas. Conheceu o basquete em cadeira de rodas no processo de reabilitação e se apaixonou pela modalidade. Em 2018, ficou em 15º lugar no Mundial com a Seleção Brasileira.

Bocha - Maciel Santos (Ceará)

Classe: BC2

Maciel nasceu com paralisia cerebral e começou na modalidade aos 11 anos. Três anos depois, começou a representar o Brasil em competições internacionais. Hoje, é o segundo colocado no ranking mundial da classe BC2. Em 2018, foi campeão individual do BISFed World Open no Canadá e conquistou dois ouros no BISFed Regional Open de São Paulo.Canoagem - Igor Tofalini (Paraná)

Classe: L2

Em 2011, o atleta participava de um rodeio profissional quando sofreu um acidente e ficou paraplégico. Começou no paradesporto na natação e, depois, migrou para a canoagem. Em 2018, se consagrou campeão mundial, em Portugal, e conquistou o bronze no Pan-Americano de canoagem.

Ciclismo - Lauro Chaman (São Paulo)

Classe: C5

Lauro nasceu com o pé esquerdo virado para trás. Passou por uma cirurgia para corrigir o problema, mas o procedimento o fez perder o movimento do tornozelo. Em 2018, o ciclista conquistou o título mundial de pista, na prova de scratch. Além do feito, Lauro conquistou a prata no contrarrelógio no Mundial de Estrada.

Esgrima em CR - Jovane Guissone (Rio Grande do Sul)

Classe: B

Em 2004, Jovane perdeu o movimento das pernas ao ser atingido por um tiro durante um assalto. Quatro anos depois, iniciou na esgrima em cadeira de rodas e se destacou na modalidade. Em 2018, conquistou seis medalhas em etapas da Copa do Mundo no Canadá, Hungria e Itália, sendo uma de prata e cinco de bronze.PB

Esportes de Neve - Cristian Ribera (Rondônia)

Classe: Sitting

Nasceu com artrogripose e, aos 15 anos, já tinha passado por 21 cirurgias para a correção das pernas. Em 2018, fez história em sua primeira participação nos Jogos Paralímpicos de Inverno de PyeongChang, ao conquistar o sexto lugar na prova de 15km do esqui cross-country. O resultado é o melhor já conquistado pelo Brasil em Paralimpíadas de Inverno.

Futebol de 5­ - Ricardo Alves (Rio Grande do Sul)

Classe: Ala esquerdo

Um deslocamento da retina aos seis anos comprometeu a visão de Ricardinho. Aos 10, o gaúcho começou a jogar Futebol de 5 e, aos 15, entrou para o seu primeiro clube. Já foi eleito o melhor jogador do mundo duas vezes: em 2006 e 2014. Em 2018, foi campeão mundial na Espanha, pela Seleção Brasileira, e artilheiro da competição.

Futebol de 7 - Evandro Gomes (São Paulo)

Classe: FT2

Evandro teve paralisia cerebral no nascimento e os movimentos dos dois lados do corpo ficaram comprometidos. Conheceu a modalidade por meio de amigos e um treinador. Em 2018, foi campeão da Copa América com a Seleção Brasileira e conquistou o ouro no campeonato brasileiro.

Goalball - Leomon Moreno (Distrito Federal)

Classe: B1

Nasceu com retinose pigmentar e conheceu a modalidade aos sete anos. Com a pouca visão que tinha, levava os irmãos para os treinos de goalball e resolveu experimentar a modalidade. Começou a praticar o goalball com 12 anos e, aos 14, começou a competir. Em 2018, foi campeão mundial na Suécia pela Seleção Brasileira e artilheiro da competição

Halterofilismo - Mariana D'Andrea (São Paulo)

Classe: até 67kg

Possui acondroplasia, popularmente conhecida como nanismo. Começou sua trajetória no halterofilismo com 16 anos, através do seu técnico. Em 2018, bateu os recordes mundiais júnior e adulto das Américas na categoria até 67kg, com a marca de 111kg. Também conquistou dois ouros no jovem e adulto no Campeonato Regional Europeu, na França.

Judô - Alana Maldonado (São Paulo)

Classe: até 70kg

Foi diagnosticada com a doença de Stargardt aos 14 anos. Já praticava a modalidade desde os quatro, mas, somente em 2014, quando entrou na faculdade, começou no judô paralímpico. Em 2018, conquistou medalhas de ouro no Open Internacional na Alemanha e no Brasil, prata na Copa do Mundo na Turquia e o ouro no Campeonato Mundial da modalidade, em Portugal, feito inédito para o judô paralímpico brasileiro.

Natação - Daniel Dias (São Paulo)

Classe: S5

Daniel nasceu com má formação congênita dos membros superiores e na perna direita. Apaixonado por esportes, descobriu o paradesporto ao assistir pela TV o nadador Clodoaldo Silva, nas Paralimpíadas de Atenas, em 2004. Em 2018, bateu o recorde mundial nos 50m livre, foi bicampeão geral do World Series 2018 e conquistou sete medalhas no Parapan-Pacifico, na Austrália.

Parabadminton - Vítor Tavares (Paraná)

Classe: SS6

Vitor tem nanismo e conheceu o parabadminton por meio de um projeto na escola em que estudou. Em 2016, começou a disputar torneios nacionais e internacionais e se tornou destaque na modalidade, quando passou a ser convocado frequentemente para a Seleção Brasileira. Hoje, é o número sete do mundo e foi campeão em todas as provas que participou na temporada.

Parataekwondo - Débora Menezes

Classe: K44

Nasceu com deficiência congênita no braço direito. Em 2013, foi convidada pela faculdade em que estudava para conhecer o taekwondo e se identificou com a modalidade. Este ano, foi campeã brasileira e conquistou quatro medalhas em competições internacionais, sendo duas de prata e duas de bronze.

Remo - Diana Barcelos e Jairo Klug (2 atletas)

Classe: LTA

Diana Barcelos (Rio de Janeiro): Amputada de perna, Diana iniciou no remo em 2016. Em sua trajetória recente conquistou vários resultados nacionais e internacionais expressivos. Em 2018, junto com sua dupla, Jairo Klug, foi campeã mundial no barco PR3 Mix2x.

Jairo Klug (São Paulo): Um acidente de moto o fez perder os movimentos dos dedos e de extensão de punho da mão esquerda. O atleta remava havia mais de dez anos e chegou a disputar os Jogos Pan-Americanos do Rio 2007. Em 2012, ingressou no remo adaptado. Neste ano, com Diana Oliveira, foi campeão mundial no barco PR3 Mix2x.

Rugby em CR - José Raul Schoeller (Santa Catarina)

Classe: 0.5

Ficou tetraplégico em 2007, vítima de um acidente de carro. Conheceu o rugby em cadeira de rodas durante a sua recuperação. Em 2011, recebeu o primeiro convite para participar da Seleção Brasileira. Em 2018, foi campeão e o melhor atleta da sua classe na Copa Brasil. Com a Seleção Brasileira foi prata no Four Nations Cup, na Alemanha.

Tênis de mesa - Cátia Oliveira (São Paulo)

Classe: 2

Em outubro de 2007, aos 16 anos, Cátia sofreu um acidente de carro e ficou tetraplégica. A atleta era jogadora de futebol e, após se recuperar do acidente, conheceu o tênis de mesa através do convite de uma amiga. Desde então, se dedica a modalidade. Em 2018, a mesatenista conquistou a medalha de prata no Mundial na Eslovênia, o melhor resultado da história da modalidade em mundiais.

Tênis em CR - Ymanitu Geon (Santa Catarina)

Classe: Quad

Ymanitu sofreu um acidente de carro em 2007 e ficou tetraplégico. Durante a reabilitação conheceu o tênis em cadeira de rodas e passou a se dedicar profissionalmente. Em 2018, foi campeão do Israel Open e Beer Sheba Open. Atualmente, é o oitavo do ranking mundial de simples, com vitórias em 26 partidas de 36 que disputou no ano.

Tiro com arco - Jane Karla (Goiás)

Classe: ARW2

Teve poliomielite aos três anos, o que prejudicou seus movimentos das pernas. Iniciou a carreira como atleta do tênis de mesa e, em 2014, conheceu o tiro com arco. Em 2015, passou a se dedicar somente à modalidade. Em 2018, conquistou o ouro no Parapan-Americano da Colômbia e é a atual segunda colocada no ranking mundial.

Tiro esportivo - Geraldo von Rosenthal (Rio Grande do Sul)

Classe: SH1 e SH2

Desde criança tem gosto pelo tiro esportivo. Começou a praticar a modalidade profissionalmente em 2007, após convite de um amigo. A partir de então, conquistou várias medalhas nacionais e internacionais. Em 2018, conquistou as medalhas de prata nas Copas do Mundo do Emirados Árabes e França. Além de ter liderado o ranking nacional nas provas de pistola sport, livre e standard.

Triatlo - Jessica Ferreira (São Paulo)

Classe: PTWC

Perdeu o movimento das pernas depois de sofrer um acidente de carro. Logo após sua recuperação conheceu o ciclismo e obteve rápido destaque. Começou no triatlo em 2017 e se encontrou no esporte. Em 2018, conquistou o ouro na Copa do Mundo dos Estados Unidos e o bronze na Copa do Mundo da Espanha.

Voleibol sentado - Wescley Oliveira (Rio de Janeiro)

Classe: Meio de rede

Foi vítima de atropelamento e teve a perna esquerda amputada aos 16 anos. Em 2003, descobriu o vôlei sentado e começou a praticar a modalidade. Este ano, conquistou o bronze com a Seleção Brasileira no Mundial na Holanda, sendo eleito o melhor atleta da competição.

Com a fonte: Rede Nacional do Esporte

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