No sábado, 25/5, acontece a retomada da modalidade e do ranking brasileiro de Atrelagem 2024. A pista de grama do Clube de Campo São Paulo é palco da disputa que deve contar com 30 inscritos nas categorias Singular (um cavalo), Parelha (dois cavalos) e Quadra (quatro cavalos).
Quadra de cavalos lusitanos Interagro em apresentação no Clube de Campo de São Paulo
"Esse ano temos uma retomada. Com a pandemia, a Atrelagem deu uma esfriada e tudo parou. Programamos três etapas ao longo de 2024, essa primeira no Clube de Campo São Paulo, depois teremos uma no Haras Larissa e mais uma em local a ser definido", conta Ana Carolina Borja Coelho da Fonseca, diretora de Atrelagem da CBH e pioneira da modalidade.
Ana Carolina Borja Coelho da Fonseca na condução de uma parelha no Clube de Campo São Paulo
"Teremos apresentações com cavalos das raças Morgan, Lusitano, Crioulo, Friesian e Ponei", conta Ana Carolina, primeira a defender o Brasil em Campeonato Mundial, em 2012, em Portugal, na categoria singular.
"No Clube de Campo São Paulo, usamos a pista de grama inteira e fica super bonito", pontua Ana Carolina, que mantém seus cavalos de atrelagem no Haras Larissa. A prova será de Maneabilidade (cones) em que os condutores cumprem um percurso e vence aquele que não derrubar cones no melhor tempo. A 1ª Etapa do ranking de atrelagem da CBH também tem é válida pela Federação Paulista de Hipismo.
Antonio Mariano de Souza conduzindo Jakpot Interagro: apresentação Singular
Internacionalmente, a Atrelagem, reconhecida pela Federação Equestre Internacional, é disputada com um Concurso Completo em três etapas: Adestramento, Cross e Maneabilidade.
Mais sobre a modalidade
A Atrelagem Esportiva tem como objetivo mostrar a versatilidade do condutor na condução de um ou mais cavalos atrelados a um “carro” (carruagem, trole etc). A modalidade caracteriza-se pelos movimentos sincronizados e ritmados dos animais, pela beleza plástica do conjunto, elegância dos arreios e dos trajes dos condutores, e também pela habilidade e destreza na condução dos cavalos.
Em 1970, quando competições já eram praticadas em mais de 20 países da Europa e América do Norte, a Atrelagem foi reconhecida como esporte pela Federação Equestre Internacional (FEI). A entidade máxima mundial do hipismo passou a promover o Concurso Completo composto por três provas: Adestramento, Maratona e Maneabilidade (ou prova dos cones). As provas são divididas pelas categorias de um animal (Singluar), dois (parelhas) e quatro animais (quadras).
Atrelagem esportiva no Brasil
No Brasil, animais atrelados se limitavam a passeios e demonstrações em eventos equestres, exposições agropecuárias, romarias até início da década de 2000. Participavam desde os pesos-pesados representados pelas raças Bretão, Percheron e Clydesdale, aos animais de sela como o American Troter, Crioulo, Brasileiro de Hipismo, Puro Sangue Lusitano, Haglinger, Welsh Cobs e Pôneis, entre outras.
No final de 2009, a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) adotou os regulamentos da Federação Equestre Internacional (FEI) e passou a reger o esporte no país.
Com iniciativas da CBH e entidades privadas como o Haras Larissa e as Fazendas Interagro, os adeptos da modalidade passaram a ter acesso a clínicas e cursos com nomes de destaque internacional, aumentando o número de criadores e raças para o esporte. Em 2011, a CBH promoveu o primeiro Campeonato Brasileiro de Atrelagem, aberto a todas as raças, além do primeiro ranking brasileiro da modalidade.
Programa 1ª Etapa Ranking CBH de Atrelagem
Imprensa CBH com Rute Araujo; imgs divulgação