A Federação Equestre Internacional (FEI) lançou uma campanha global para promover o uso do capacete. O incentivo acontece duas semanas antes da nova regra que determina a obrigatoriedade do uso do capacete em todos eventos chancelados pela entidade entrar em vigor. A regra - anunciada com dois anos de antecedência passa a ser efetiva a partir de 1º de janeiro de 2013.
Uma parte importante da campanha será uma série de e-mails com forte conteúdo visual para alertar os atletas da importância da segurança, em especial, quanto ao uso capacete. Os lembretes serão enviados às Federações nacionais, atletas, clubes hípicos e equipes FEI junto aos eventos. Já está no ar uma página especificando o uso tipo adequado de capacetes para cada uma das sete disciplinas da FEI.
Para conferir as regras - clique aqui.
“A regulamentação do uso do capacete, aprovada por unanimidade pela Assembleia Geral da FEI em 2011, representa um passo significativo de encontro com a maior proteção de nossos atletas", afirma Ingmar de Vos, secretário geral da FEI. “A partir de 1º de janeiro de 2013 o uso do capacete será compulsório em todos os eventos FEI e encorajamos a todos os evolvidos no esporte equestre internacional a se familiarizar com as novas regras gerais e específicas do esporte. O bem estar de todos os nossos atletas - humanos e equinos - precisa ser protegido."
Amazona olímpica Courtney King Dye relata a expriência de seu acidente
O uso do capacete tem sido tema de diversas campanhas nos últimos anos. A amazona norte-americana de adestramento Courtney King-Dye, recente vencedora do Prêmio FEI All Odds, se empenha junto aos praticantes de hipismo quanto ao benefício do uso capacete por meio da pagina Riders4Helmets - www.riders4helmets.com. Em 2010, a amazona Courtney King-Dye, que representou os EUA nos Jogos Olímpicos de 2008 e na Final da Copa do Mundo de Adestramento em 2007 e 2008, sofreu um grave traumatismo craniano. Ela treinava um cavalo que tropeçou e caiu e, sem capacete de proteção, fraturou o crânio. Após quatro semanas em coma, a amazona passou três meses no hospital reaprendendo a andar e a falar. As sequelas do acidente afeteram seriamente a coordenação motora e fala da amazona que agora almeja competir nos Jogos Paralímpicos 2016 no Rio de Janeiro.
Maiores informações podem ser baixadas na pagina Ridres Helmets - clique aqui
“Eu acho que o meu acidente foi necessário pela segurança, porque o fato de uma amazona olímpica sofrer uma concussão cerebral não tem nada a ver com o nível de exigência do exercício", comenta Courtney King Dye. “Por 15 anos, eu fui pessoa que só usava capacete quando montava cavalos jovens ou "perigosos". Mas o meu cavalo não fez nada por mal, ele somente tropeçou em sua própria pata", lembra a amazona. “E uma vez que não se pode controlar o que as pessoas fazem em casa ou em seus centros de treinamento, as novas regras determinam o que os atletas fazem nos eventos e há um longo caminho a percorrer para que se criem novos hábitos", finaliza Courtney.
Um sistema de Cartão Amarelo será usado para alertar e lembrar os cavaleiros e amazonas quanto ao uso do capacete.