Foi uma final emocionante e com o melhor Adestramento nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012, no extraordinário Greenwich Park, mais antigo parque real da Grã Bretanha. A decisão das cinco últimas medalhas se deu na série Freesytle (reprises de estilo livre com acompanhamento musical): nos Grau II e Grau IB, em 3/9, e Graus IA, III e IV, em 4/9.
Ao todo havia 11 medalhas em jogo. Em 2 e 3/9 foram definidos os primeiros cinco campeões nas cinco categorias (divididas de acordo com o grau de comprometimento físico): Joan Formosa no grau II, Natasha Baker, grau II, Sophie Christiansen, grau I A, ambas pela Grã Bretanha, a alemã Hannelore Brenner, grau III, e Michele George, grau IV, primeiro ouro da Bélgica, também nos Jogos Olímpicos de Londres 2012. Confira a seguir os detalhes da grande final que encerrou as disputas equestres nos Jogos Paralímpicos e Olímpicos.
Conforme o esperado, as respectivas finais Freestyle reservaram momentos de suspense e muita emoção. Abrindo as disputas, no Grau II, o primeiro ouro confirmou o favoritismo da jovem integrante da seleção dourada da Grã Bretanha, Natasha Baker com Cabral, 22, que garantiu seu 2º ouro nos Jogos com o índice recorde na categoria – 82,800%, realizando em dobro o sonho de infância que nascia há 12 anos assistindo às Paralimipíadas de Sidney pela Tv. As medalhas de prata e bronze ficaram respectivamente com as alemãs Britta Napel com Aquilina, arrematando sua 3ª prata e Angelika Trabert com Ariva Avanti, levando seu segundo bronze nos Jogos, além da prata por equipes.
“Eu nunca imagine ganhar dois ouros em minha primeira Paralimpíada”, comemorou Natasha, 22. “Acho que realmente progredi e aprendi muito como amazona nos últimos dias. Nunca pensei que o JP (Cabral) estaria tão tranquilo, mas ele adorou os Jogos”, acrescentou a sorridente campeã. Pelas cores do Brasil, Elisa Melaranci, 24, com Zabelle, registrou 67,100% conquistando a 11ª colocação.
No Grau IB, o ouro foi para o ex-cavaleiro de Concurso Completo o austríaco Pepo Puch, 42, com Fine Feeling, a primeira de seu país nos Jogos desde 1996. Katja Karjalainen com Rosie, 74s259%, garantiu a prata e inscrição da Finlândia no quadro dos Jogos 212. O britânico Lee Pearson com Gentlemen, campeão desde 2000, dessa feita, ficou com bronze, 74,200%.
Pepo Puch, cavaleiro que competiu na modalidade Concurso Completo nas Olimpíadas 2004, ficou seis meses no hospital após um acidente técnico (não por culpa de seu cavalo), e prometeu a si mesmo que nunca desistira. “Minha égua gosta do público, da atmosfera, da torcida e me oferece tanto”, conta o campeão Pepo. “Minha esposa é a minha treinadora e eu sou a treinadora dela também, então essa vitória é para a família”, acrescentou o medalhista de ouro que ainda comentou o fato de ter chegado à frente do multicampeão Lee Pearson. “Ele é um grande esportista. Espero um dia ser um cavaleiro como ele.”
Honraram o Brasil, Marcos Fernandes Alves com seu Luthenay de Vernay, duas vezes bronze nas Paralimpíadas 2008, que emplacou em 10º lugar com 67.800% e Davi de Salazer Mesquita montando Dauerbrenner, 66.300%, 11º.
Registrando mais um recorde para a Grã Bretanha, com nada menos que 84,750%, Sophie Christiansen, 24, com Janeiro 6 garantiu seu segundo ouro na dança Freestyle ao som de Pink Floyd “We don´t need education” – Grau IA. Por Singapura, Laurentia Tan com Ruben James 2, 79,00%, e irlandesa Helen Kearney com Mister Cool, 78,450%, conquistaram prata e bronze.
Em mais um grande resultado do Brasil, Sergio Froes Ribeiro de Oliva com Emily o expressivo índice de 71,150% obteve a 7ª colocação, o melhor resultado do país em Londres 2012.
Em uma réplica dos resultados finais de sábado, no grau III, a alemã Hannelore Breener,49, com Women of the World, assegurou seu quarto ouro paralímpico (2 em 2008 e 2 em 2012). Enquanto a medalha de prata foi para Deborah Criddle com LJT Akille, pela Grã Bretanha, 78,550% e a dinamarquesa Annik Dalskov com Aros A Fenris comemorou bronze, 76,950%.
No Grau IV, Michele George, 38, com Rainman, 82,100%, honrou a Bélgica com o 2º ouro. Em mais uma contribuição pelo recorde britânico no quadro de medalhas Sophie Wells com Pinocchio foi prata, 81,150%. O holandês Frank Hosmar com Alphaville garantiu bronze, 78,600%.
Os atletas, suas histórias, capacidade técnica e ambição bem como muitas outras pessoas e voluntários trabalhando nos bastidores garantiram Jogos incríveis e, sem dúvida, a melhor Paralimpíada já vista. A qualidade dos cavalos e as fortes parcerias que formam com seus cavaleiros foi impressionante em todos os graus da competição – marcada por recordes e novas nações surgindo entre os líderes de edições anteriores.
A atmosfera é o que fica na memória de todo atleta. Eles podem ter conquistado ouro, prata, bronze ou mesmo chegado em último lugar. Também fica a melhor memória de um público generoso e a melhor infraestrutura possível para competição.
Os atletas são os primeiros a agradecer aos voluntários, seus companheiros de equipe, treinadores, redes de torcedores, patrocianadores e, é claro, todo o apoio da anfitriã Grã Bretanha com sua torcida encoragando os competidores de todas as partes do mundo. Para muitos as coisas podem não ter saído conforme o esperado, mas cavalos são imprevisíveis, nervos e pressão podem derrotar grandes atletas, mas essa é a natureza do esporte. Além do desenvolvimento como cavaleiro e da parceria com o cavalo é preciso aceitar erros e seguir em frente. A habilidade dos competidores do Adestramento nos Jogos Paralímpicos é resultado de perserverança e determinação em um desafio diário em suas vidas.
Foi uma semana de grande esporte com esporte de alto nível em condições ideais, voluntários apaixonados e uma torcida fantástica. Computaram-se 20 mil ingressos vendidos a cada dia de competição, além dos ingressos avulsos na bilheteria. Fica a certeza de muito trabalho rumo aos Jogos do Rio de Janeiro 2016!
A Grã Bretanha comemorou o recorde de 11 medalhas (5 ouros, 5 pratas e 1 bronze) somando desde 1996 o impressionante número de 44 medalhas (23 ouros, 13 pratas e 8 bronzes)
2ª colocada no quadro de medalhas, a Alemanha também superou seu recorde anterior com sete em Londres 2012 (2 ouros, 3 pratas e 2 bronzes) e 21 desde 1996 (6 ouros, dez pratas e dois bronzes).
O melhor resultado brasileiro e latino americano de todos os tempos é do brasileiro Marcos Fernandes Alves, o Joca, montando Luthney de Vernay, duas vezes medalha de bronze no Grau I B nos Jogos Paraolímpicos 2012
Em 2012 e 2008, o Time Brasil de Adestramento foi representado por Joca, Sergio Froes Oliva, Davi Salazar Mesquita, e Elisa Melaranci. A equipe é liderada por Marcela Pimental Parsons.
Michele George no Grade IV deu a Béglica a segunda medalha de ouro. Antes de Londres 2012, a Bélgica foi prata 2000 e bronze em 2004
Singapore também está entre os destaques com a conquista do bronze de Laurentia Tan, que também detem três de bronze (2 em 2008 e 1 em 2012)
A Finlândia somou uma medalha de rapta às duas de bronze em Sydney 2000.
A Austrália comemorou mais um ouro e agora detém nove medalhas na história da competição (3 ouros, 1 prata e 5 bronzes)
Pela Áustria, Pepo Puch conquistou suas duas primeiras medalhas: um ouro e um bronze no Grau Ib.
A Irlanda estreou bem com 3 medalhas: prata por equipe e individual e bronze no freestyle com Helen Kearney no Grau I .
Fonte: FEI – versão e tradução Carola May
CBH - Site Oficial da Confederação Brasileira de Hipismo -
Rua Sete de Setembro, 81 - Ed. Moscoso Castro, 3º andar - CEP: 20050-005 Rio de Janeiro (RJ) - Tel: (21) 2277-9150
Horário de Funcionamento: 08:00 às 18:00 hrs - Seg. à Sex.
© Copyright 2010 - 2017 | Todos os direitos reservados.