Pela sexta vez no Brasil somente em 2013, a serviço do desenvolvimento do hipismo, Jean-Maurice Bonneau, cavaleiro e consultor técnico das equipes de Salto da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), esteve a frente da primeira clínica fora do Estado do São Paulo, na Sociedade Hípica de Brasília, entre 23 e 25/8, e na semana na seguinte Sociedade Hípica Paulista, no Classic Horse Show até domingo, 2/9.
Bonneau, técnico da equipe francesa de salto no período de 2001 a 2006, começou seu trabalho no Brasil em 2011, ano em que esteve no país oito vezes. Já em 2012, ano dos Jogos Olímpicos de Londres, o técnico trabalhou com os integrantes da equipe brasileira em atividade na Europa e esteve em São Paulo cinco vezes.
O objetivo da contratação de Bonneau - uma parceria da CBH, Ministério do Esporte e COB - é um plano de trabalho a médio e longo prazo visando aumentar a base de cavaleiros e amazonas aptos a disputar competições internacionais como Copa das Nações no Brasil e Exterior, Jogos Sul Americanos 2014 no Chile, Jogos Equestres Mundiais 2014 na França, o Pan-americano de 2015 no Canadá e, finalmente, os Jogos Olímpicos Rio 2016.
"Vim com uma boa experiência da Europa. Quero dizer que não sou o "papa", dono da verdade no que concerne o treinamento. Nosso objetivo é buscar uma parceria com os cavaleiros profissionais para que juntos possamos trabalhar em uma mesma base e direção", ressalta Bonneau. "O Brasil tem um bom circuito de eventos e queremos elevar o nível técnico do esporte desde a base até o mais alto nível de competição", acrescenta o treinador.
"O ponto chave é ter um plano a longo prazo para passo a passo atingir o nível máximo. Costumo dizer que não se deve montar a cada GP como se fosse último, mas visar o ritmo e desenvolvimento do conjunto até o mais alta performance", pondera Bonneau.
"Realmente os cavaleiros brasileiros são muito talentosos e muitos estão em nível top. Mas a questão chave para resultados cada vez melhores é otimização do desempenho que se baseia em organização com um plano sistemático em três bases: físico, técnico e mental. Isso vale para qualquer esporte", ressalta o experiente treinador.
Valendo lembrar que a parte física, técnica e mental tange em suas respectivas pecularidades tanto o cavalo como o cavaleiro e, é claro, a cada competição é preciso considerar e respeitar sistematicamente os processos: antes, durante e depois.
"Agora na clínica de Brasília, onde tivemos participação de profissionais, amadores e jovens talentos a caminho do Campeonato Americano e Sul Americano da Juventude na Argentina, insisti bastante no trabalho de base e pontuei atenção ao comportamento e biomecanica dos cavalos", coloca Bonneau, apontando que de fato uma boa base é imprescindível para a evolução do cavalo e cavaleiro.
Para Caio Sergio de Carvalho, coordenador de Salto da CBH, "os resultados do trabalho do Bonneau e o acompanhamento dos cavaleiros tanto na base como nível top no Brasil pode ser visto nas pistas assim como pelo interesse e retorno dos atletas. Vale destacar a importância de dar continuidade desse trabalho visando resultados a médio e longo prazo."
Após o Classic Horse Show, onde Bonneu mais uma vez atendeu a jovens talentos e cavaleiros de destaque, Bonneau embarca para a Arezzo, onde no próximo final de semana, o Brasil disputa a Copa das Nações com Doda Miranda, Rodrigo Pessoa, Marlon Zanotelli, Pedro Veniss e Eduardo Menezes. Depois em 17 e 18/9, o técnico está frente do treinamento do time Brasil em Valkenswaard, na Holanda, no manège do cavaleiro olímpico Doda Miranda. A seguir, entre 26 e 29/9, o Brasil disputa a Final do Circuito de Copa das Nações no CSIO de Barcelona.
Fonte: CBH - C.May
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